Julgamento do caso de órgãos contaminados por HIV começa no Rio

A Justiça do Rio de Janeiro inicia o julgamento do caso de seis pacientes infectados por HIV após transplantes. Sócios e funcionários do laboratório responsável pelos laudos fraudulentos estão entre os réus.

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Justiça do Rio de Janeiro inicia, nesta segunda-feira (24), o julgamento do caso que resultou na infecção por HIV de seis pacientes submetidos a transplantes de órgãos no ano passado. Seis pessoas ligadas ao laboratório PCS Saleme, responsável por laudos fraudulentos, são rés no processo.

Entre os acusados estão os sócios Walter Vieira e Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, além dos funcionários Ivanilson Fernandes dos Santos, Cleber de Oliveira Santos, Jacqueline Iris Barcellar de Assis e Adriana Vargas dos Anjos, coordenadora técnica do laboratório. Jacqueline Iris é apontada como responsável pela assinatura de um dos laudos fraudulentos.

Os réus foram denunciados pela 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada dos Núcleos de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), sob acusações de lesão corporal gravíssima, associação criminosa, falsificação de documento particular e falsidade ideológica.

A audiência ocorre na 2ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, na região metropolitana do Rio de Janeiro, e inclui depoimentos de testemunhas indicadas pelo MPRJ e pela defesa, além do interrogatório dos réus. O julgamento não será aberto à imprensa e ainda não há previsão para sua conclusão.

Em outubro do ano passado, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro confirmou a infecção de seis pacientes transplantados com órgãos contaminados por HIV, incluindo rins, fígado, coração e córnea. O laboratório PCS Saleme, contratado pelo governo estadual em dezembro de 2023 por meio da Fundação Saúde, foi responsável pelos exames de sorologia que não detectaram a presença do vírus em órgãos de dois doadores.

Após a revelação do caso, o laboratório foi interditado pela Vigilância Sanitária estadual, e seu contrato com o governo do estado foi rescindido. O escândalo resultou na renúncia da diretoria da Fundação Saúde. Cinco dos acusados chegaram a ser presos, mas foram liberados após concessão de habeas corpus.

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