O Rio de Janeiro é o segundo estado do Brasil com o mais alto índice de envelhecimento – para cada 100 crianças até 14 anos existem 106 idosos (IBGE 2022). No entanto, o respeito aos direitos garantidos no Estatuto da Pessoa Idosa ainda é um enorme desafio. Negligência (15.259 vítimas), violência psicológica (11.115), abuso financeiro (8.110) e violência física (4.449) são as maiores violações registradas desde 2017, segundo dados do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, divulgados nesta quinta-feira (13/6).
Para alertar e buscar formas de enfrentamento a este grave problema, a Comissão da Criança, do Adolescente e da Pessoa Idosa da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) promove uma série de ações para marcar o Junho Violeta. Sob o tema ‘O respeito não envelhece’, a campanha faz alusão ao Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 15 de junho.
O Palácio Tiradentes, sede histórica da Alerj no Centro do Rio, foi iluminado na cor violeta na noite desta terça-feira (12) – a iluminação especial segue até dia 20. No dia 26, a partir das 9h, haverá uma ação de mobilização no Largo da Carioca, no Centro do Rio de Janeiro. A equipe da Comissão da Alerj vai distribuir folhetos explicativos sobre como identificar violações e violências e conversar com o público, além de tirar dúvidas sobre os direitos contidos no Estatuto da Pessoa Idosa.
“Recebemos 150 atendimentos ao longo de um ano, de forma presencial ou pelo Disque Pessoa Idosa (0800 0239191). Mas sabemos que há muita subnotificação. As pessoas idosas têm medo de denunciar ou não conhecem os meios para fazer isso”, disse o deputado Munir Neto (PSD), presidente da Comissão.
Já no dia 27 de junho, às 14 horas, no auditório da Alerj, a Comissão vai promover uma audiência pública para discutir a importância do combate à violência contra a pessoa idosa no Estado do Rio de Janeiro. Estarão presentes representantes do Ministério Público, Polícia Civil, Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, além de representantes da sociedade civil organizada.