A 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital determinou que o advogado Julio Matuch de Carvalho, curador dativo, administre os bens de Regina Lemos Gonçalves, socialite moradora do Edifício Chopin, em Copacabana. A decisão, tomada após a família de Regina proibir a entrada do advogado no apartamento no dia 29 de novembro, autoriza Matuch a adentrar o imóvel, se necessário, até mesmo forçando a entrada. As informações são do blog Segredos do Crime.
Os advogados da família Lemos Gonçalves se recusaram a comentar o caso. Entretanto, o blog recebeu uma carta de Regina, na qual ela afirma ter o “direito constitucional à dignidade da pessoa humana” e denuncia uma tentativa de afastá-la de seu irmão, Benedito Lemos, e de outros familiares. A família, por sua vez, justifica a negativa à entrada do curador pela vinculação da decisão judicial a um processo de interdição iniciado por José Marcos Ribeiro, ex-motorista e marido de Regina, atualmente foragido.
A juíza Lysia Maria da Rocha Mesquita determinou que Matuch administre os bens de Regina e providencie sua avaliação em uma clínica geriátrica, tendo acesso a toda a documentação médica da idosa. Ele deverá coordenar uma equipe multidisciplinar para atender às necessidades médicas de Regina.
A magistrada reforçou que a entrada do curador não pode ser impedida por advogados, familiares, síndico ou porteiros do prédio. Além disso, decretou a indisponibilidade dos bens de Regina, autorizando apenas Julio Matuch a movimentar suas contas bancárias.
A família de Regina alega que esta situação faz parte de uma estratégia do ex-motorista José Marcos para declará-la incapaz. Em resposta, a família divulgou uma carta escrita e assinada pela própria Regina, contestando a decisão judicial.