O ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro Edmar Santos, suspeito de participar de um esquema de fraudes no governo durante a pandemia de Coronavírus, teve um pedido negado pelo TJ-RJ (Tribunal de Justiça do RJ) para voltar a dar aulas na Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).
Esta é a nona vez que o pedido de liminar para que Edmar Santos volte ao cargo de professor é negado pela 9ª Vara de Fazenda Pública. Respondendo a um processo disciplinar, ele está afastado do cargo de professor há dois meses.
Edmar Santos assumiu o desvio de R$ 7 milhões no período em que era diretor do Hospital da Uerj, mas para tentar retomar as atividades de professor, ele alegou que o princípio da “presunção da inocência“.
Em depoimento ao Ministério Público Federal, o ex-secretário admitiu que ganhava propina pra agilizar pagamentos para duas empresas. E confessou ter continuado recebendo dinheiro desviado de contratos do hospital universitário , em 2019, quando virou secretário estadual de Saúde.
Ele explicou o esquema, informando que os pagamentos perduraram de meados de 2016 até início de 2020. Em julho do ano passado , ele chegou a ser preso por outro motivo: suspeita fraude na compra de respiradores.
Em março deste ano, ele voltou a dar aulas no curso de Medicina da Uerj. Mas a nova rotina na velha casa durou menos de um mês – Santos foi afastado por determinação da Corregedoria da universidade.
O salário da Uerj, de cerca de R$ 10 mil, vai continuar caindo na conta do ex-secretário.
Somado a isso, Santos também ganha R$ 17 mil por mês da Polícia Militar. Ele é tenente-coronel e trabalha no Hospital Central da PM.