Lado B do Rio, uma alternativa à esquerda

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Disponível todas as semanas, o podcast Lado B do Rio traz uma análise alternativa sobre o Rio de Janeiro, o Brasil e o mundo. O grupo, composto por Caio Bellandi, Fagner Torres, Alcysio Canette e Daniel Soares tem como intenção maior ser um contraponto opinativo assumidamente de esquerda frente à mídia tradicional.

“O jornalismo brasileiro sempre teve lado. Sempre se posicionou muito claramente a favor dos patrões, do grande capital. Não acreditamos em isenção. Toda a mídia corporativa brasileira é de direita. Às vezes, extrema-direita. Como pode-se constatar ao consultar a História da Ditadura Civil-Empresarial-Militar e nas últimas eleições presidenciais, quando se criou uma falsa simetria entre os dois concorrentes no segundo turno”, afirma o jornalista Fagner Torres.

O Lado B do Rio surgiu como um podcast, em agosto de 2016. No entanto, os trabalhos não ficam restritos ao áudio. O site também é um forte canal.

“Entendemos que precisamos do site para complementar as informações que costumamos debater, seja com artigos próprios ou reproduzindo opiniões que entendemos estarem de acordo com a nossa linha ideológica e editorial. As redes sociais servem para divulgação de nossas atividades, bem como interação mais próxima com os nossos ouvintes”, conta Fagner Torres.

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Como o Lado B do Rio não é um veículo capitalista, não visam lucros com a iniciativa, os quatro integrantes se dividem de acordo com o tempo que cada um pode dispor. Todos são trabalhadores e, como não poderia ser diferente, têm opinião sobre a crise que vive o jornalismo brasileiro.

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“Os jornalistas também são responsáveis pelo brutal estado de coisas em que o Brasil se encontra: desemprego galopante, população empobrecida, violenta, sem empatia. Agora estão vendo Bolsonaro fazer aquilo que sempre disseram que o PT fazia com a imprensa. Não deixa de ser engraçado e trágico ao mesmo tempo. Se o jornalismo tradicional pretende voltar a ter credibilidade, deve começar a chamar as coisas pelo seu verdadeiro nome. Por exemplo: por que chamar fulano de tal de ‘guru da direita’, se ele pode ser chamado pelo que é: um astrólogo charlatão? Por que chamar Steve Bannon de ‘empresário’, se ele pode ser chamado de nazista propagador de notícias falsas, destruidor de democracias? A imprensa precisa deixar de fazer assessoria para fazer jornalismo. Acreditamos que só assim ela voltará a ser respeitada”, diz Fagner.

O debate político brasileiro, cada vez mais raso e absurdo, no qual qualquer pessoa que pensa diferente da nova/velha direita que chegou ao poder é taxada de “comunista” não passa de “Diversionismo barato”, de acordo com Fagner Torres: “Faz parte do jogo de poder entre eles. Infelizmente, parte da nossa população nunca participou da política, sempre foi ignorante, sobretudo as classes altas e médias, e acaba acreditando nesses absurdos. Pergunte à Família Marinho o lucro que eles têm com todos os seus negócios. E quanto desse lucro é repassado aos seus funcionários. O comunismo brasileiro existe tanto quanto a mamadeira de piroca”.

O Lado B do Rio defende a propagação de veículos de comunicação alternativos, com visões mais plurais no Rio e no Brasil. Eles não vêm iguais como concorrentes, seguindo uma lógica não-capitalista. A ideia é levar informação sob um viés contra-hegemônico e, para eles, isso não é negócio. E não é mesmo. Como o grupo defende: “Comunicação é direito”.

Os planos futuros do Lado B do Rio são “Continuar crescendo da mesma forma como sempre fizemos: investindo na interação com nossos seguidores, seja no podcast, nas redes sociais, nas plataformas de vídeo ou no site, e participando dos eventos para os quais temos sido convidados, desde que os objetivos estejam em consonância com o que acreditamos. O mundo como conhecemos está doente, cabe a todos nós transformá-lo”.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Não conhecia e vou tratar logo de acompanhar essa nau que se lança para resgatar o valor da informação com crítica a serviço do interesse da sociedade.

  2. Eu sou assumidamente de direita, mas antes de tudo, carioca, brasileiro e pessoa de bem, então desejo toda a sorte para o projeto e que assim como defendem, que sejam realmente isentos!!!

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