Lançamento do primeiro residencial no Porto Maravilha dá pontapé inicial ao ‘ressurgimento’ do Centro

Novo projeto será destinado à famílias com renda mensal de R$ 6 mil a R$ 11 mil e promete revolucionar o conceito de moradia na região central do Rio

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Zona Portuária do Rio (Foto: Reprodução Interntet)

Está marcado para o próximo sábado (05/06), o lançamento do primeiro empreendimento residencial do Porto Maravilha, região do Centro do Rio que passou por uma verdadeira transformação com a injeção de uma série de investimentos nos últimos anos.

O projeto será voltado para famílias com renda mensal de R$ 6 mil a R$ 11 mil. Os investimentos no empreendimento foram realizados pela construtora Cury na compra do terreno e de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) somaram R$ 48 milhões, com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 300 milhões e 1.224 unidades, segundo informou ao Valor Econômico, o vice-presidente comercial, Leonardo Mesquita.

O residencial será construído na Praça Marechal Hermes, bairro do Santo Cristo e, nesta primeira etapa de construção, contará com 470 unidades. Mais duas fases, totalizando três torres de vinte andares e 1.224 apartamentos com valor entre R$ 240 mil e R$ 450 mil, também estão previstas.

A Cury quebrou um hiato de seis anos sem negociação de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) no Porto Maravilha. A venda dos Cepacs é parte fundamental na modelagem financeira que paga as obras e serviços da Operação Urbana Consorciada para recuperar áreas degradadas em cidades.

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Localização

A mais nova opção de moradia no Centro do Rio ficara localizada em uma região das mais privilegiadas, onde os cariocas e turistas encontram diversas opções de lazer. É lá que ficam diversos centros de cultura e opções de passeio famosas como Theatro Municipal, Biblioteca Nacional, Escola de Belas Artes, Museu do Amanhã, Caixa Cultural, Rio Star AquaRio, além de um cardápio variado de bares e restaurantes.

Novo residencial no Centro do Rio promete ‘revolucionar’ região no âmbito habitacional

A inauguração do residencial da Porto Maravilha não é o único previsto para o Centro do Rio, um outro empreendimento está sendo construído na Rua Visconde de Inhaúma, próximo às movimentadas avenidas Rio Branco e Presidente Vargas, o Residencial Skylux, da construtora Tegra, um dos maiores conglomerados imobiliários do mundo.

O prédio de 30 andares terá apartamentos com metragens entre 32m² e 42m² e gardens (forma moderninha de se referir aos apartamentos térreos) entre 51m² e 61m². Em relação à área de lazer, haverá um rooftop com piscina com vista deslumbrante para a Baía de Guanabara, lounge deck, espaço gourmet para festas e academia de ginástica. O empreendimento dispõe também de vagas de garagem, que poderão ser adquiridas separadamente.

O lançamento de tais edifícios residenciais acontecem em um momento de retomada do Centro do Rio, onde se discute a necessidade de ocupar a região com imóveis residenciais, assim como a viabilidade da transformação, em prédios de moradia ou de uso misto, de diversos imóveis que hoje possuem uso exclusivo como escritórios.

Projeto Reviver Centro

Um dos principais objetivos da nova gestão da Prefeitura do Rio de Janeiro é revitalizar a região central da cidade, e isso inclui a transformação do local, deixando de ser ”apenas” uma área com viés comercial e se torne também residencial. Para seduzir proprietários de imóveis comerciais a torná-los habitáveis, o Poder Executivo Municipal pode, inclusive, extinguir dívidas ou isentar o pagamento de IPTU dos mesmos por até 10 anos.

As propostas para tal, vale ressaltar, já estão sendo estudadas e terão validade tanto para donos de empreendimentos fechados quanto para quem deseja modificar a funcionalidade de prédios/estabelecimentos que estejam dando baixo lucro devido à crise econômica, alavancada com a pandemia do Coronavírus.

Conheça mais da inciativa em: O que é o Reviver Centro?

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10 COMENTÁRIOS

  1. Triste ver o local onde passei minha infancia ser destruido, armazens da antiga Leopoldina que era conhecida como “maritima”, estudei no colegio Beijamin Constant ao lado da praça, o entorno como a Santo Cristo e Pedro Alvares eram residencias e vilas, onde as familias sentavam a noite nas calçadas para aquele bate papo e a criançada brincava a vontade…Saudades de um tempo agora tomado pelo “progresso”…

  2. Caso fosse um Minha casa, minha vida, estariam reclamando do mesmo geito, pensem de outra maneira, quantos milhares de trabalhadores, irão si beneficiar , muitas famílias desempregadas passando fome, e os egoístas , pessimistas , pensando negativamente, eu Creio que a Construção Cívil vai bombar no Rio, milhares de pessoas da Construção Civil terão trabalho, depois de construidos, milhares irão trabalhar em condomínios,portaria,seguranças,piscinas,etc..parem de reclamar e pensem no seu próximo , o Brasil vai crescer, si não querem comprar, não desmotive quem quer, a Empresa não vai desistir por causa de Vcs, pra frente Brasil é disso que o #Brasil precisa, empregos. J. Gomes – Advogado

  3. Que porcaria hiem… Como já comentado anteriormente, uma nova favela vertical ou as novas cabeças de porcos do centro. Vivo no rio de janeiro desde 2002 quando cheguei de Angra pra estudar no fundão, meus pais sempre me indagam porque eu não tenho um apartamento no rio e tenho em outro lugar que eu não cheguei a ficar uma semana, tá aí a resposta, o rio não possui segurança jurídica, vira e mexe alguém chega e age em conflito com alguma lei para benefício próprio. O centro do Rio de área tombada e abandonada por anos, agora vai se tornar um juntó de elefantes de concreto, um lugar que nem de longe tem infraestrutura para abrir todos esses moradores transitando de carros; Quando li sobre o projeto, confesso que me interessei em adquirir algo como uma espécie de investimento financeiro, mas eu acreditava ser prédios com arquitetura respeitosa ao local e que estaria substituindo aquele monte de galpões depenado que existem ali na Gamboa. Estou surpreso de uma forma bem negativa com o resultado desse novo projeto, frustrado, essa é a palavra correta.

  4. Projeto errado! Prédios baixos, por favor. Santo Cristo, Gamboa, toda aquela área do porto esconde ruas calmas e casinhas tão lindas, esses prédios enormes vão descaracterizar o bairro. Chega de apertamento. Acho justo construir imóveis para a faixa de renda proposta, mas faz bonito. Abre praças, clubes, centros esportivos também. Classe média vai pipocar para lá.

  5. A construtora citada para o primeiro empreendimento é da linha do Minha casa minha vida. Produz edificações de terceira linha. Quanto ao local deste primeiro lançamento, é bairro Santo Cristo, colado à rodoviária e é “perfumado” pelo desemboque do canal do Mangue.

  6. Olha que curioso: pouco mais de 100 anos depois o centro do Rio de Janeiro voltará a ter não apenas uma, mas várias “cabeças de porco”! Voltem a proibir essas aberrações imobiliárias! Pelamor!

  7. Ou seja, uma grande favela vertical criando um paredão enorme bloqueando o ar marítimo pro centro e escondendo toda a paisagem do interior da cidade. Que lixo. Deveria ser proibido tais construções megalomaníacas na entrada da cidade.

    • O cara comprou CEPAC justamente para poder erguer o espigão. Como a prefeitura precisa dos CEPACs pra pagar as contas do porto maravilha, esse será apenas o primeiro de muitos.

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