Levantamento mostra que índice de infestação do mosquito da dengue na cidade é de 1,1%

Rio de Janeiro está em situação de “alerta”, Essa classificação ocorre quando o IIP está na faixa entre 1% e 3,9%

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
Ação contra dengue, zika e chikungunya - Edu Kapps / Prefeitura do Rio

Realizado entre os dias 4 e 8 de abril, o primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) após a suspensão dos trabalhos devido à pandemia da Covid-19 revelou que a cidade do Rio de Janeiro está em situação de “alerta” para as arboviroses. O índice de infestação predial (IIP) pelo mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya constatado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS-Rio) foi de 1,1%. A classificação de “alerta” ocorre quando o IIP está na faixa entre 1% e 3,9%.

O LIRAa é um método de amostragem realizado em todos os municípios brasileiros, normalmente nas mesmas épocas, quatro vezes por ano. É uma importante ferramenta para se mapear as regiões da cidade onde o Aedes aegypti está presente, traçando assim as estratégias para controle do vetor. O município é dividido em estratos de 8,2 mil a 12 mil imóveis com características semelhantes e, em cada um desses recortes, 20% dos imóveis são visitados pelos agentes de vigilância ambiental, para verificar se existem focos de larvas do mosquito e quais os tipos de depósitos mais comuns em cada região que servem como criadouros.

“Essa é uma ferramenta de planejamento muito importante, para que as ações de controle das arboviroses sejam reforçadas nos locais onde há maior incidência do vetor. Com a pandemia controlada, pudemos liberar os recursos da secretaria para a retomada de outras ações relevantes para a saúde pública, como o combate ao Aedes aegypti. Desde março, neste período de chuvas e calor, que contribuem para a maior incidência dessas doenças, temos intensificado as ações de campo e de orientação da população sobre as formas de controle do mosquito. Para que a prevenção das arboviroses seja eficiente, é fundamental o envolvimento de todos”, diz o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Prado.

No primeiro LIRAa pós-pandemia, 97.283 imóveis passaram por inspeção em 248 estratos em toda a cidade. Desse total de estratos, mais da metade, 132, estavam com IIP “satisfatório” (menor que 1% das amostras); 110 na faixa de “alerta” (de 1% a 3,9% das amostras); e apenas seis na classificação de “risco” (infestação acima de 3,9% das amostras). Os estratos na faixa de risco estão em parte dos bairros de Gamboa e Cidade Nova, Campinho e Madureira, Campo Grande, Guaratiba, Pedra de Guaratiba, Cosmos, Paciência e Santa Cruz, que terão reforço das ações da SMS-Rio para o controle do vetor.

Advertisement

Outro fato constatado pelo LIRAa é que os criadouros do Aedes aegypti continuam predominantemente nas residências e imóveis particulares. Quase 30% dos focos estavam em depósitos móveis como vasos/frascos com plantas, pingadeiras, recipientes de degelo de geladeiras, bebedouros e objetos religiosos. A orientação para evitar a proliferação de mosquitos nesse tipo de recipiente é realizar a limpeza com bucha ou esponja esfregando as paredes do recipiente pelo menos uma vez por semana.

O último LIRAa no município do Rio havia sido realizado em fevereiro de 2020, quando o IIP encontrado pelos agentes de vigilância ambiental foi de 1%, resultado já na faixa de “alerta”. Depois disso, por recomendação do Ministério da Saúde aos municípios, o levantamento foi suspenso em todo o Brasil, devido aos riscos de contágio da covid-19 e para reduzir a circulação nas cidades como forma de prevenção da doença, além da necessidade de se concentrar recursos no controle da pandemia.

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp Levantamento mostra que índice de infestação do mosquito da dengue na cidade é de 1,1%
Advertisement

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui