Limpeza de túnel em Copacabana remove montanha de resíduos equivalente ao peso de 24 elefantes

Desde a construção do Interceptor Oceânico, há 50 anos, nunca houve uma faxina como essa. A expectativa é retirar 2 mil toneladas até março de 2023

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Foto: Divulgação

Uma montanha de resíduos equivalente ao peso de 24 elefantes foi retirada do Interceptor Oceânico (IO), no trecho de Copacabana. Em apenas um mês de limpeza, a Águas do Rio removeu 140 toneladas de sedimentos que estavam acumulados na tubulação que leva esgoto de alguns bairros da zona sul ao emissário submarino.

A ação é inédita porque desde a construção do IO, há 50 anos, nunca houve uma faxina como esta. A expectativa é retirar 2 mil toneladas até março de 2023. 

Ao longo da operação de limpeza do IO, o volume mensal tende a aumentar, já que, nesse início, o material está mais compactado. No trecho entre Glória e Botafogo, a Águas do Rio retirou 600 toneladas em dois meses de atuação. Estas ações contribuíram no desvio do Rio Carioca e otimizou o fluxo dos Rios Berquó e Banana Podre que estão direcionados para esta enorme estrutura coletora de esgoto”, explica Sinval Andrade, diretor superintendente da Águas do Rio. 

O Interceptor Oceânico é uma galeria subterrânea, com pontos de até 5,5 m de diâmetro e extensão total de 9 km. Embora não esteja exposto visualmente para a população, seu funcionamento gera efeitos relevantes no sistema de esgotamento sanitário da zona sul. Esta limpeza, associada a outras intervenções que estão sendo feitas, aumenta a capacidade de escoamento e contribui na redução da incidência de fenômenos como línguas negras nas praias, provocadas pelo extravasamento das redes pluviais. 

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Estamos falando de uma operação complexa, com investimento de R$ 3,4 milhões, e que exige o uso de equipamentos de ponta, logística e programação de nove meses de trabalho de nossas equipes. Enquanto esta intervenção acontece outras obras também são realizadas pela concessionária, não apenas na capital, mas em todos os outros 26 municípios em que atuamos. Temos o compromisso de melhorar e ampliar os sistemas de água e esgoto, e para alcançar as metas temos trabalhado incansavelmente”, complementa Alexandre Bianchini, presidente da Águas do Rio.  

Para realizar a retirada dos resíduos do Interceptor Oceânico em Copacabana, a concessionária está utilizando uma estrutura com três caminhões. Um novo gradeamento será instalado em tubulações que desembocam no túnel para conter o lixo que acaba parando ali, de forma irregular, obstruindo ainda mais a estrutura.

Interceptor Oceânico 

A estrutura de saneamento não se resume à praia de Copacabana. Ao todo, o Interceptor Oceânico tem 9 km de extensão, partindo da Glória até a Estação Elevatória de Parafuso, na altura do Posto 5, estrutura que encaminha os efluentes para o Emissário Submarino de Ipanema. Além do esgoto dos bairros da orla, o Interceptor também capta os dejetos de Laranjeiras, Cosme Velho e Santa Teresa. 

Inaugurado em 1971, o interceptor oceânico foi uma das principais obras de saneamento básico no Rio de Janeiro realizadas até então e fez parte do projeto de alargamento e urbanização da praia de Copacabana, hoje um dos maiores ícones do turismo mundial. 

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1 COMENTÁRIO

  1. CEDAE, rapidamente as vergonhas de sua existência estão cada vez mais expostas. Espero que não volte nunca mais.

    E que se privatize o resto da CEDAE que ainda sobra.

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