Literatura negra ganha destaque na Bienal do Livro 2021

Secretaria Municipal de Cultura, por exemplo, levou para a Bienal o festival ''Paixão de Ler'', que reúne nomes da literatura negra que tratam de identidades, representatividades e ancestralidade

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Foto: Divulgação

De acordo com algumas editoras, o faturamento na XX Bienal Internacional do Livro será maior se comparado a 2019, apesar do tamanho reduzido, o que surpreende os próprios expositores. E a busca por autores negros será a mais alta de todas as edições do evento, que termina neste domingo (12/12).

Para a estreante Mostarda (pavilhão Laranja; rua D), a procura por escritores negros dobrou. A editora levou para a feira sua Coleção Black Power, com livros voltados para crianças e adolescentes, reunindo a biografia de personalidades como Zumbi e Dandara, Alice Walker, Malcolm X, Conceição Evaristo e Angela Davis.

Na Melhoramentos, a venda de autores negros triplicou. O título mais vendido é ”Com Qual Penteado Eu Vou”, da Kiusam de Oliveira, uma autora negra que tem vários livros infantis sobre a temática racial.

”Além de trazer ilustrações belíssimas de penteados em crianças negras, traz nomes africanos e seus significados, fala sobre ancestralidade, sororidade e união familiar, é muito lindo”, resume Kiusam.

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Igor Pires, autor da série ”Textos Cruéis Demais para Serem Lidos Rapidamente”, está entre os mais vendidos da editora Globo. ”Acredito que seja um dos mais procurados por ser um livro que trata sobre as relações humanas de uma maneira honesta, real, quase confessional. Então as pessoas acabam se relacionando e se vendo nas histórias que narro no livro”, diz ele, em sua terceira bienal.

Na lista dos 5 mais vendidos ali, está ”O Livro da História Negra Também”, que faz parte da coleção ”As Grandes Ideias de Todos os Tempos”.

”O Pequeno Príncipe Preto”, de Rodrigo França, é um dos mais pedidos na Ediouro, inclusive por professores. No estande da Vozes, a procura por obras escritas por negros é a mais expressiva.

”O Movimento Negro Educador”, da autora Nilma Lino Gomes, foi a terceira obra mais vendida. Em seguida, o autor Muniz Sodré também tem uma grande procura e expressividade relevante no número de vendas, ”não só neste evento, como, no nosso catálogo ao longo do ano”.

Especialmente, a obra ”A Sociedade Incivil”, lançada este ano. No primeiro fim de semana, Sodré participou da mesa ”As Desigualdades e as Elites no Brasil”, com as presenças de Jessé Souza, Luana Génot e mediação de Ruan de Souza. Um estande 100% de literatura infanto-juvenil negra, uma arena para receber artistas, pais, educadores, pesquisadores, estudiosos, contadores de histórias, mediadores de leitura e autores.

A Secretaria Municipal de Cultura levou o festival ”Paixão de Ler” para a Bienal, onde ocupa um stand na entrada do Pavilhão Azul, reunindo nomes da literatura negra que tratam de identidades, representatividades e ancestralidade, entre outros elementos.

”O formato de arena favorece o olho no olho, ampliando o leque de trocas. A experiência do contato”, diz o secretário de Cultura, Marcus Faustini. ”A Bienal é um dos maiores ativos culturais da nossa cidade, que deve ser apoiada porque, além de tudo, gera inclusão, empregos, renda e desenvolvimento”, complementa.

Com capacidade para até 100 pessoas, o stand também será ocupado por ações das secretarias da Mulher, da Juventude e de Governo e Integridade Pública (Fundação Planetário, RioFilme, Diversidade Sexual e Igualdade Racial), que se alternam no período de funcionamento: das 10h às 22h.

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