Livro reúne experiência de artista visual com servidores da segurança pública do Rio

A artista Tatiana Altberg lança, no dia 24 de agosto, às 18h, o livro “Quem eu acordei hoje?”, no Retrato Espaço Cultural, no bairro da Glória

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Foto: Divulgação

A artista Tatiana Altberg lança, no dia 24 de agosto, às 18h, o livro “Quem eu acordei hoje?”, no Retrato Espaço Cultural, no bairro da Glória, Região Central do Rio. A obra reúne anotações, textos e fotografias feitas a partir de proposições realizadas pela artista, em 2018, em um trabalho colaborativo com os 33 servidores públicos da Subsecretaria de Educação, Valorização e Prevenção da Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro.

Mestre em Artes pela UERJ, Tatiana é muito conhecida pelos trabalhos Mão na Lata, com jovens da Maré, e Retrato falado, com adolescentes que cumprem medidas socioeducativas. Neste trabalho, ela investiu na sensibilização dos servidores e deixava nas mesas de cada um com proposições para serem elaboradas, em forma de texto ou imagem.

Experiência com servidores públicos

Durante os meses em que esteve com os servidores públicos, Tatiana criou um jogo por meio de envelopes que deixava nas mesas de cada um com proposições para serem elaboradas, em forma de texto ou imagem.
“Os envelopes abriam o espaço para que as pessoas entrassem em contato com memórias, com reflexões e coisas da própria vida”, explica. O término da residência coincidiu com o período em que a Secretaria de Segurança foi extinta pelo Governo do Rio.

As dinâmicas tinham como intuito trabalhar a sensibilização dos servidores para a imagem e suas possibilidades narrativas e estéticas. A partir da quarta proposição, Tatiana montou um laboratório fotográfico dentro da Secretaria e deu início também a um trabalho com a fotografia pinhole, feito com uma câmera artesanal de lata que pode operar sem lentes.

“A arte tem a capacidade de abrir espaços dentro da gente, sejam eles reflexivos ou como experiências sensoriais. Tentei com esse trabalho, onde a matéria cotidiana dos servidores era permeada por questões relacionadas à violência, propor a abertura de frestas por onde as pessoas pudessem entrar em contato com matérias de outras naturezas, possibilitando formas diversas de se verem naquele contexto”, enfatiza a artista.

O livro é organizado pela Automática Edições, Instituto Betty e Jacob Lafer e República.org.

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