Maglev-Cobra, tecnologia da UFRJ, está sendo desativada

Esta é uma das tecnologias mais avançadas do mundo no quesito mobilidade. Foram investidos cerca de R$17 milhões no projeto

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Foto: Coppe/UFRJ

O Maglev-Cobra, uma das tecnologias mais avançadas do mundo no quesito de mobilidade está em processo de descomissionamento. Isto significa que ele está sendo desativado. Foram investidos cerca de R$17 milhões na pesquisa do projeto.

Durante os 5 últimos anos, mantivemos exposições públicas semanais do projeto, inclusive com a presença de diversas autoridades, e temos total condição técnica de implementar um transporte mais rápido, leve, com menor impacto ambiental e, muitas vezes, mais barato, no Brasil, porém essa tecnologia será abandonada”, afirmou Richard M. Stephan, o coordenador do projeto.

Com 200 metros de trajeto e capacidade de 20 passageiros, o trem de levitação magnética da Coppe estava sendo desenvolvido desde 2000 e foi apresentado pela primeira vez em 2014. Sendo mais rápido, mais leve e com menor impacto ambiental, além de muitas vezes ser barato, o Maglev poderia se tornar uma excelente opção de melhoria na mobilidade urbana. Atualmente apenas três países usam trens de levitação magnética: Coreia do Sul, China e Japão.

Lamentamos profundamente a impossibilidade de melhorar a mobilidade da população, os empregos perdidos e todo o investimento em ciência que estão sendo desprezados, pois esse é o transporte do futuro, que poderia ser implementado também em outros lugares no mundo, com método inovador brasileiro, retirando mais uma vez a chance do Brasil de exportar tecnologia de ponta”, disse Richard.

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15 COMENTÁRIOS

  1. A matéria levanta ótimas questões. Senti falta do porquê de se ter cancelado o projeto, desinteresse de quem. Acho importante citar os nomes e o porquê do cancelamento e alguma explicação para o não investimento. Fica uma dica para uma próxima reportagem a respeito de um assunto tão importante. Lamento pelo discurso de quem sofre da síndrome de vira-lata, de quem se incomoda com a possibilidade de ver nossos cientistas produzirem pesquisa de ponta.

  2. Lamentável que seja abandonado mais esse projeto inovador da Coppe, com potencial para pôr o Brasil em posição de liderança tecnológica e favorecer nossa indústria. Falta às nossas autoridades e elites financiadoras visão estratégica, planejamento e compromisso com o desenvolvimento sustentável e autónomo de nosso país. O quanto poderíamos economizar em transporte e arrecadar com patentes e royalties se levassemos à cabo projetos como esse do Maglev- Cobra? Ou com o projeto de extrair energia das marés, também desenvolvido na Coppe?

  3. Sérgio Werneck de Figueiredo, procure se informar direito. O sistema desenvolvido pela UFRJ é considerado de baixo custo comparado até mesmo com o metrô e nada tem a ver com os trens de levitação magnética de alta velocidade desenvolvidos exterior, a não ser pelo fato de levitarem por magnetismo. São tecnologias muito diferentes. O MAGLEV brasileiro é de baixo custo de implantação e de manutenção e se destina à mobilidade urbana. Não precisa acreditar em mim. Basta gastar um tempinho e pesquisar na internet sobre o projeto em vez de ficar ridicularizando sem nem mesmo saber do que se trata.

  4. Só quem não apoia o avanço da ciência e do desenvolvimento tecnológico nacional é que se posiciona contra tais iniciativas, como a do Maglev. Não precisamos usar figuras para nos referirmos ao Maglev. Este projeto, se não o maior e mais importante do setor tecnológico da UFRJ, representa um dos mais relevantes trabalhos de nossa academia. A dedicação do Professor Richard neste trabalho de P&D consumiu mais da metade de suas horas de trabalho. Citar que o projeto tem intenção política é só para pessoas que não conhecem o Professor Richard, pessoas com outros interesses e palpiteiras. O Maglev não tem o apoio que merece e que precisa exatamente porque o professor não permitiu que fizessem uso político do projeto.
    Parabéns Professor Richard, mas ainda temos esperança de que uma cidade com gestores inteligentes se interessem.

  5. Apesar de considerar lamentável, essa impossibilidade de implantação de um sistema como o Maglev, no Brasil, o que contribuiria, e em muito, para a ecologia, não posso deixar de concordar com o comentário do Sr. Sergio Werneck. Em nossa cidade, e por que não, em nosso país, a realidade é completamente diferente. Aqui, nem sempre o querer, ,é poder, porque aqui o Poder é querer…. Parabéns à jornalista Larissa Ventura por mais este conteúdo informativo, roveitoso intekigente! Meus respeitos.

  6. Para um projeto desta envergadura, R$ 17 milhões não dá nem para comprar a matéria prima. Quanto mais para custear pesquisa tão complexa.
    Não à toa, poucos países, dentre eles a Alemanha, a inventora do sistema, a China, a Coreia do Sul e Japão usam tal tecnologia, ainda caríssima, tanto no quesito de obras civis, como na instalação do complexo e caríssimo sistema eletromagnético.
    O Brasil se arvorar a produzir o seu próprio Maglev, não passa de mais um delírio de quem prefere grandiosidades que deem nome político a alguém, em vez de se dedicar a baratear o feijão com arroz para todos.
    É mais um brioche da Maria Antonieta ou uma lagosta empanada, regada ao Chablis do STF, para um povo mendigo, pedinte e submisso aos delírios de um Estado que sofre de obesidade mórbida.

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