Mais cariocas passaram a fazer acompanhamento psicológico durante a pandemia

Pesquisa foi feita pelo Instituto Rio 21 em razão do Setembro Amarelo

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Centro do Rio (Foto: Ricardo Moraes)

Como vimos em uma matéria anterior publicada aqui no DIÁRIO DO RIO, houve uma significativa piora na saúde mental dos moradores da cidade do Rio de Janeiro durante a pandemia de Covid-19, de acordo com pesquisa feita pelo Instituto Rio21. Entre os entrevistados, 28,9% afirmaram que estão fazendo acompanhamento psicológico – um aumento de 4,5 pontos percentuais em comparação com o período anterior ao início da crise causada pelo Coronavírus.

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“Os dados que apresentamos hoje mostram que houve um aumento no número de pessoas que estão fazendo acompanhamento psicológico/psiquiátrico nesse período de pandemia. Assim como, no uso de medicamentos para fins psicológicos/psiquiátricos – tanto aqueles que precisam de indicação médica como os que não precisam. Isso significa que mais pessoas passaram a cuidar da sua saúde mental depois de março de 2020 mas, dado o percentual de pessoas que afirmaram que sua saúde mental está ruim ou muito ruim durante a pandemia (40,7%), a taxa de acompanhamento psicológico/psiquiátrico neste momento, ainda é baixa”, pontua a Diretora de Pesquisa do Instituto Rio21, Ana Flávia Assumpção.

Em relação ao acompanhamento psiquiátrico, apenas 12,8% dos entrevistados disseram que tinham esse tipo de acompanhamento antes da pandemia. Esse número passou para 19,6% durante a pandemia, indicando um aumento de pessoas (6,8 p.p) que estão fazendo acompanhamento com psiquiatra depois do início da pandemia.

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Dentre os entrevistados que fazem ou faziam acompanhamento psicológico, a maioria se consulta ou consultava com profissionais particulares: antes da pandemia esse percentual era de 69,1% e durante a pandemia chegou a 70,0%.

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O segundo tipo de acompanhamento psicológico mais popular entre os respondentes da pesquisa foi consulta com profissional do plano de saúde. Antes da pandemia, 25,1% dos entrevistados que faziam acompanhamento psicológico afirmaram se consultar com profissionais do plano de saúde. Já durante a pandemia esse percentual caiu para 19,2%, com um número maior de entrevistados tendo ido buscar ajuda de profissionais da rede pública de saúde.

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No caso do acompanhamento psiquiátrico, os profissionais particulares também lideraram o atendimento durante a pandemia: 46,4% dos entrevistados que fazem acompanhamento psiquiátrico se consultam com profissionais particulares. No entanto, no momento anterior à pandemia, o tipo de acompanhamento psiquiátrico mais popular era com profissionais do plano de saúde: 48,3% dos respondentes que faziam acompanhamento psiquiátrico eram atendidos por esses profissionais.

Vale ressaltar que, durante a pandemia, houve uma queda significativa no percentual de entrevistados que se consultavam com psiquiatras do plano de saúde em relação ao período anterior à pandemia. Em paralelo, houve um aumento quase proporcional no percentual de atendidos por profissionais da rede pública de saúde e profissionais de projetos sociais.

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Dentre os transtornos psicológicos/psiquiátricos diagnosticados por profissionais da saúde mental mais comuns entre os entrevistados, tanto antes da pandemia quanto durante, estavam: depressão, transtorno de ansiedade generalizada (TAG) síndrome do pânico, fobia social e síndrome de burnout ou síndrome do esgotamento profissional.

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Durante a pandemia, houve um aumento no número de entrevistados que declararam que estão fazendo uso de medicamentos para fins psicológicos/psiquiátricos em comparação com o período anterior à pandemia.

Antes da pandemia, 23,5% afirmaram que fizeram uso de medicamento que precisava de indicação médica e, durante a pandemia, esse número aumentou para 27,2%. Também em relação aos medicamentos que não precisam de indicação médica houve um aumento do uso entre os respondentes da pesquisa: 8,9% antes da pandemia e  10,4% durante a pandemia.

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O levantamento foi realizado entre os dias 02 e 13 de setembro de 2021, através de pesquisa quantitativa com disponibilização de questionário online via e-mail e redes sociais. A amostra não probabilística contou com 321 entrevistados moradores da cidade do Rio de Janeiro.

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