Mais da metade dos bares e restaurantes do Rio não terão como pagar salários de julho, diz SindRio

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Foto: Agência Brasil

Uma pesquisa realizada pelo Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SindRio) revelou que 56,7% dos empresários com estabelecimentos do setor não terão dinheiro para pagar salários de julho e, possivelmente farão demissões após a reabertura dos pontos comerciais.

O estudo, que foi realizado no mês de junho, teve como objetivo identificar os maiores desafios a serem enfrentados na reabertura, iniciada no último dia 2 de julho. O levantamento, indicou ainda que um em cada quatro estabelecimentos em funcionamento resolveu não reabrir logo seus salões nesta retomada, iniciada no último dia 2. Além dos protocolos, estariam entre os fatores a incerteza acerca da viabilidade do negócio e a insegurança jurídica.

Quando perguntados sobre a perda de faturamento observada nos últimos três meses, 56,7% dos empresários disseram ter perdido mais de 75% da receita no período. A parcela que notou redução entre 50% e 75% foi de 24,2% dos entrevistados.

A pesquisa também revela que 61,9% das empresas já realizaram demissões. Os números são ainda mais preocupantes quando a pergunta é sobre a quantidade de funcionários demitidos: 14,9% dos estabelecimentos desligaram mais de 15 empregados de suas folhas de pagamento.

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Sobre o que consideram mais importante nesse momento para a sobrevivência dos negócios, 53,4% dos empresários responderam que ter acesso ao crédito emergencial é fundamental. O dado é reforçado pela questão seguinte: os resultados mostram que 74,2% das empresas que buscaram novas linhas de crédito para financiar o negócio tiveram suas propostas recusadas. Apenas 17% conseguiram aprovação em demandas do tipo.

Em relação ao pagamento da folha salarial de junho/julho, 63,9% das empresas responderam que não terão fôlego financeiro para realizar os pagamentos. Ao serem questionados sobre o futuro, 56,7% dos empresários não têm certeza se conseguirão manter o estabelecimento aberto após a pandemia. Apenas 35% acreditam que conseguirão manter seus negócios, enquanto 8,2% já têm certeza de que irá fechar as portas.

Quanto a demissões futuras, 51,1% acreditam que precisarão realizar desligamentos no pós-pandemia, e esmagadores 85,1% afirmam que precisarão de crédito para o período.


Os dados mostram o quão dramática é a situação do setor e o quanto é
importante frisar que a categoria precisa de crédito para sobreviver. O SindRio tem
falado sobre isso em todas as oportunidades e dialogado com o poder público para
evitar que mais demissões sejam realizadas, mais portas sejam fechadas e que a
cidade perca seu grande motor econômico e cultural
“, comenta o presidente do
SindRio, Fernando Blower.

explica que é necessário entender o cenário realista da reabertura. “Alguns restaurantes ainda não conseguiram reabrir, e o movimento para aqueles que reabriram é, de uma forma geral, muito aquém do necessário para pagar as contas, o que acentua a necessidade de crédito.”

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