Nesta quarta-feira (05/01), um grupo de mães e pais, organizados em torno do MOVAC – Movimento por Vacina para Crianças, lidera uma manifestação na portaria de um dos prédios do Ministério da Saúde do Rio, na rua México, no Centro, para exigir a aprovação da inclusão de crianças no programa de imunização contra Covid-19 e cobrar o lançamento de um calendário.
Com camisetas e cartazes reforçando a importância de vacinar as crianças, eles levaram também um carro de som para fazer gritos de ordem. Os manifestantes responsabilizaram o presidente Jair Bolsonaro pela demora em autorizar a vacinação na faixa etária.
Uma das organizadoras do ato, Tatianny Araujo, mãe de aluno no Colégio Pedro II, diz que o movimento só vai parar quando todas as crianças estiverem vacinadas e lembra que o Brasil está atrasado em relação a outros países que já começaram a imunização da faixa etária.
“É um absurdo essa demora negacionista. Nós tivemos dois anos de aulas presenciais suspensas a fim de proteger nossas crianças. Quando finalmente apareceu a oportunidade da vacina, que garante o retorno com maior segurança, o Governo está se negando a fazer. Nós não vamos admitir isso”, afirmou.
Presente também pela Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da Câmara Municipal, a vereadora Thais Ferreira (PSOL) apoiou as mães: “Se tem vacina e os cientistas já afirmam que ela é segura para crianças, e nós ainda temos crianças adoecendo e até morrendo de Covid, a decisão de não oferecer os imunizantes se configura infanticídio. Nós não trabalhamos com um número de morte de crianças que seria aceitável. Nenhuma morte é aceitável para doença para qual já existe vacina”.