A ex-vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018, ganhará uma estátua no Rio de Janeiro. A escultura será feita por Edgard Duvivier, autor de diversas estátuas famosas, como Clarice Lispector, Garrincha, Pelé e Mujica. A iniciativa é do Instituto Marielle Franco.
O Instituto lançou uma vaquinha virtual de R$ 50 mil para ajudar na construção do monumento. Até o momento da publicação desta matéria, já havia sido arrecadado o valor de R$ 25.213. Além disso, o Instituto também será responsável por cuidar da manutenção da estátua, com pose e local ainda a definir.
O valor arrecadado pela vaquinha será utilizado apenas para pagar os custos de materiais (gesso, cera, ferro, bronze) utilizados na produção da estátua para que ela exista por muitas gerações, e o processo de fundição que é feito com uma técnica artesanal, há mesma utilizada há séculos.
No site criado para ajudar a arrecadar dinheiro para a construção da estátua, um texto destaca a importância simbólica do monumento:
“Preservar a memória de Marielle, de suas lutas e sua trajetória, assim como de mulheres e pessoas negras, é fundamental para conseguirmos continuar lutando por justiça e garantir que as futuras gerações a conheçam e sigam esse legado adiante.”
O site também destaca que em movimentos contra preconceitos, vários monumentos foram derrubados: “Em 2020, estátuas de antigos colonizadores, escravocratas e assassinos foram derrubadas no mundo inteiro. Agora, está na hora de celebrar e erguer homenagens a quem perdeu sua vida lutando pelos direitos e pela vida de todas as pessoas“.
No entanto, sabe-se que até hoje muitas pessoas, mesmo após quase 3 anos de seu assassinato, seguem atacando e difamando Marielle. Por isso, será necessário cuidado para evitar que o monumento não seja alvo de vandalismos e ataques, como já ocorre frequentemente em diversas estátuas do Rio.
Relembre o caso
A então vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram mortos a tiros, em um carro, na região central do Rio de Janeiro no dia 14 de março de 2018. Ronnie Lessa e Élcio Queiroz são acusados pelas execuções. Presos há 2 anos, eles serão levados a júri popular.
Força-tarefa para atuar nas investigações
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) criou uma Força-Tarefa para atuar na continuidade das investigações. O anúncio foi feito pelo procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (04/03). A promotora de Justiça Simone Sibilio vai coordenar os trabalhos, auxiliada pela promotora de Justiça Letícia Emile e equipe.
Não sendo com dinheiro público, então tudo bem.
Enquanto não começarmos a erguer estátuas para o homem comum do povo e para o holocausto que presenciamos de sua dignidade e involução, continuaremos a erguer estátuas inúteis, porque demonstraremos que toda a política é voltada para o poder, nunca para a melhoria do povo…
Governo do povo e para o povo, só existe quando os políticos ressuscitam a democracia no dia do voto. O resto do tempo, é para distribuir migalhas populistas e se servir dos cargos, em vez de servir ao país.
Pior, ainda ganham bem para fazer tanta porcaria… Salve-se quem puder…