Marinho, em Copacabana: por que o bar da moda bomba todas as noites

Ótimos drinques, boa comida e altíssimo astral, com um jeitinho paulista que os cariocas adoram no Marinho Atlântica, em Copacabana

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O Marinho é uma casa moderna, bem iluminada e com referências do Rio aqui e ali

Pensa num cara gente boa. Agora inclua sorriso fácil, carinho, atenção, cuidado. Esse é o Mario Filippo, um dos sócios do Marinho (não de mar, mas do diminutivo de Mario) que assumiu o lugar do cansado Pigalle, no Posto 6. Agora, desde que abriu no fim de fevereiro, bomba todas as noites. Quem vai? Gente bonita e descolada, hóspedes do vizinho hotel Fairmont e uma turma grande de políticos que escolheu a casa como uma espécie de QG para se encontrar. Na última segunda, dia 11 de abril, foi aniversário do Marinho e estavam todos lá, para dar um abraço no amigo que há anos vem fazendo eventos do município.

E por que desse sucesso todo? Porque o Marinho, o bar, é um charme, com clima moderninho e arrumado, bem na onda dos novos bares de… São Paulo (!). Opa, não deixe o bairrismo tomar de você agora! A referência não quer dizer falta de animação e nem de espírito carioca. Ao contrário. Os ícones do Rio estão todos lá, num ambiente bem iluminado e bem decorado. Adorei, aliás, a foto do Cartola pendurada próxima ao bar.

Falando nele, a carta de drinques é robusta com alguns autorais (do barman Andy Tavares), clássicos e umas carioquices como as batidas de mel com gengibre e limão, de maracujá e de paçoca. Gostei da primeira citada aqui e depois parti para o drinque da minha vida: o Americano (leia-se Campari, vermute rosso e Club Soda). Embora tradicionalíssimo, não raro eu peço em bares bem badaladinhos não sabem o que fazer. Acredite, o garçom trava na hora de anotar o pedido e os bartenders também. Aqui não teve nada disso. O serviço fluiu como um gole prazeroso na, digamos, versão mais leve do Negroni (sem gim, com água).

Ok, e para comer não vai nada? Ah, se vai. Na companhia do meu grande amigo Mario Marques (colunista desde jornal) e da Viviana Navarro, que nos apresentava a casa, descobri um bom torresmo, entre tantos outros belisquetes, e o paulistano bolovo. A massa de carne com um ovo no meio virou modinha na Paulicéia, já ganhou prêmio com petisco do ano, e agora desembarca por aqui. A versão ainda não se compara com as melhores de lá, mas ainda assim é correta para quem não conhece o salgado. Bom mesmo é o hambúrguer que leva o nome da casa, não exatamente muito festejado entre uma boa sorte de pratos, que vejo mais adequados para o almoço do que para a badalação barulhenta da noite. Ele é feito com carne de costela e recebe cebolas caramelizadas por cima dela, dentro de ótimo pão de brioche. Pedi dividido em quatro pedaços, para compartilhar, acompanhado de batatas fritas. Olha, caiu bem com o meu Americano e, tenho certeza, cairá igualmente bem com a boa variedade de gim tônicas que há por aqui e até mesmo com um chopinho Heineken, servido na charmosíssima tulipa da marca (mais fina, com uma estrela em alto relevo, na base do copo).

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Enfim, e como a noite era de apresentação, o cafezinho Orfeu foi servido com bolo gelado de coco com doce de leite ralinho derramado por cima dele. Antes de colherá-lo, volte no tempo, transforme-se na criança de 8 anos que habita o seu ser e manda bala. O bicho é doce como ele só, mas gostosão. Pode pedir sem medo. Vai na minha que você vai na boa.

Serviço
Marinho
Av. Atlântica 4206, Copacabana.
Tel.: (21) 3269-3774
Todos os dias das 7h30 às 11h (café da manhã) e das 12h até 1h.

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Robert Halfoun é jornalista, publicitário e amante da boa mesa. Depois de anos na Editora Abril, relançou com grande sucesso a Revista Domingo, no Jornal do Brasil, onde também atuou como Diretor Executivo. Então, dirigiu a Revista Gula, na época de sua maior circulação, até que, há oito anos, lançou a plataforma Sabor.club, com revista, site e o clube de assinaturas Sabor Clube. É também autor do livro Histórias da Gastronomia Brasileira, lançado em parceria com Ricardo “alô alô” Amaral.
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5 COMENTÁRIOS

  1. O bolovo desembarcou por aqui? Em 1500, ne? Sabe nada de Rio de Janeiro, faria-limer. Tbm, com nome de gringo nao se poderia esperar entender um A da alma carioca. Bar da moda, só acertou nisso.

    Obs.: pediu pra dividir o hamburguer em 4. Com certeza foi xingado e zoado na cozinha.

  2. Desde quando o carioca adora, “o jeitinho paulista”, infeliz a afirmativa!
    Um bar até interessante, mas muito barulhento, caro e com muita gente besta, digamos almofadinhas aproveitando para dar uma puxada no político vizinho (agora revelado).

    • hahaha extamente, pensei na mesma hr isso.. citou “gente bonita e descolada” o ranço ja se instala e ainda por cima me vem com esse papo de jeitinho paulista achando que é elogio, pior que isso só citar que é frequentado por políticos..essa matéria ta com uma cara de jabá terrível, isso sim

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