Mario Marques: pesquisa incomoda aos que acham que podem comprar tudo

Colunista do DIÁRIO DO RIO fala sobre a pesquisa divulgada pela Prefab Future

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Roberto Jefferson - Foto: Felipe Menezes/PTB Nacional

Nesta quarta-feira, a Prefab Future divulgou sua primeira pesquisa registrada no TSE sob o número 05389-2022. O resultado não importa. O que importa para mim é que o resultado a que se chegou nessa pesquisa, que teve ao menos 30 pessoas envolvidas, é de um rigor técnico que beira a psicopatia. Pelo menos assim me definem os que dela participaram. Pois vim aqui hoje para falar de dois assuntos, de forma bem superficial, só pra deixar registrado: 1 essa pesquisa; 2 o possível novo pré-candidato ao governo do estado do Rio: Roberto Jefferson.

Sobre a pesquisa: ela está aberta a quem quiser ver. Por dentro, por fora, por baixo, todas as entranhas. Me chama e mostro. Pesquisas agradam e desagradam. Mas quem vê picaretagem em coisa séria é um sinal claro de que está olhando para sua própria imagem. O picareta enxerga todos como picaretas porque esse é o seu único recurso de sobrevivência.

Fazendo uma leitura breve nessa sondagem presencial de 1.243 entrevistas, 2,83% de margem de erro e intervalo de confiança de 95%, Claudio Castro, com 11%, concentra sua votação, nesse momento, na estrutura da máquina administrativa, sem conseguir ampliar os braços quando um outro candidato, de fora do jogo marcado, entra em campo. Católico fervoroso, Castro ainda não conseguiu transmitir ao eleitor bolsonarista valores conservadores, caros aos da direita. Somado a isso, a entrada do ex-governador Anthony Garotinho na disputa, com 12,5%, trava Castro justamente no segmento mais popular, o do voto de fé. Assim Castro paralisa. O deputado federal Marcelo Freixo lidera a pesquisa com 15,4%, com força estável, sobretudo na capital.

Na próxima pesquisa, que deve ser realizada no meio de abril, outros pré-candidatos devem ser incluídos, como o Cabo Daciollo e, possivelmente, Roberto Jefferson. Limitar a escolha do eleitorado a 5 nomes é impor uma realidade única, a mesma que dita, de forma não republicana, o editorial de boa parte dos veículos de comunicação cariocas.

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Há espaço escancarado para candidatos de centro direita, que o atual governador não consegue preencher. Do outro campo, a esquerda, ou centro-esquerda, desintegra-se com Freixo, Milton Temer, Rodrigo Neves e até Felipe Santa Cruz. No fim das contas, o que sobra é o seguinte: trata-se, nesse momento, da eleição mais aberta dos últimos 32 anos.

Eu passei os últimos dias acompanhando, via aplicativo, as entrevistas entrarem de todos os cantos do estado. Eu e mais 5 técnicos. Todos supervisionando cada detalhe, cada amostra, cada entrevista. E ficamos absolutamente seguros do plano amostral definido, baseado em dados do TSE e do IBGE, assim como a materialização desse espelhamento em resultado.


Para quem se enxergou no espelho sugiro a leitura do meu livro “Como identificar e lidar com um mau-caráter”, inspirado num ex-amigo, o maior mau-caráter que já conheci. Num primeiro momento alguns vão se identificar de imediato com o perfil traçado. Mas quem sabe não ajuda?


Agora eu quero falar do Roberto Jefferson. Pode ser que confirme. Pode ser que não confirme. Mas… se Roberto Jefferson entrar na disputa ao governo do estado do Rio, adianto: vai causar um estrago enorme. Todo bolsonarista lembra da noite em que Bolsonaro assistia entusiasmado à live do petebista. Isso está cravado na memória da direita brasileira.

É para tremer o chão.

Vamos aos próximos capítulos. Falta pouco.

2 de abril é logo ali.

Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.

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