Marques: Eleições 2022 serão um marco para o começo do fim do Facebook

Para Mario Marques Classe D/E começa a deixar o Facebook. Eleições 2022 serão um marco para o começo do fim da rede social de Zuckerberg

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Foto: Thought Catalog no Pexels

De 2012 a 2020, o Facebook sedimentou sua primazia na comunicação direta do político com o eleitorado. A notícia é: isso acabou. Em meio a estudos de pesquisas qualitativas e quantitativas realizadas em 2021 feitas pela Prefab Future, o usuário Classe D/E está, nesse momento, em migração para uma experiência integral no Instagram. A rede social matriz de Mark Zuckerberg está descendente em audiência nessa faixa de renda social, a mais popular, o que significa que em 2022 o marketing político passará longe do Facebook.

Isso se deve a vários motivos. De uma forma geral, o Facebook passa por uma crise de identidade global. Nos Estados Unidos, já foi abandonado. Na Europa, transita de forma irregular entre países. Zuckerberg, um gênio da estratégia, acabou por dar um tiro de escopeta na própria cabeça ao decidir comprar o Instagram, apenas para exterminar o SnapChat. Mas era isso ou ser atropelado pelas duas redes sociais. A questão é que cada vez mais os usuários de internet são narcísicos, gostam de se mostrar aos amigos e vê-los. Nesse sentido, o Instagram seria a rede adequada a esse quadro.

O Facebook, segundo os estudos qualitativos da Prefab Future, virou um ambiente tóxico: “Reclamam demais”, “Só tem briga”, “não me acrescenta mais nada”, “o Instagram já me basta”, “ficou ultrapassado” – são alguns dos comentários sobre a rede social.

A história recente da Internet mostra que redes sociais são efêmeras: já tivemos Orkut, MySpace, já vivemos o auge com o Twitter – que de forma hábil fechou-se em seu nicho sem invencionices – e agora, ao que parece, o Facebook começa a ser esvaziado na mente das pessoas.

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A época das eleições também contribui para esse esvaziamento: milhares de candidatos brotam do nada no feed pedindo voto, vendendo-se como produtos políticos. E, com a liberação do impulsionamento pago, o ecossistema virou algo insuportável. As pessoas não querem mais saber de política ou políticos.

O Instagram acabou se transformando num escape: ali estão concentradas a viagem do vizinho, o influenciador digital que te mostra como você pode ficar rico, os milagres do jejum intermitente, a autoajuda para uma vida melhor e… cursos, muitos cursos, de tudo o que você pode imaginar. O Instagram está quente. O Facebook, gélido.

Bem, será questão de tempo o Instagram ser invadido de forma massacrante por políticos. Ao mesmo tempo, como apregoa o amigo publicitário Gabriel Medeiros, em seus artigos, o TikTok assombra o Instagram e vem tirando usuários da rede. Do lado do Instagram há muitos movimentos técnicos para que a rede emule recursos do TikTok e tente matá-lo. Mas até agora, efetivamente, poucos resultados práticos.

Em 2022, o melhor caminho é buscar conexões exclusivas que denotem fidelidade e relacionamento. Grupos de debate no Telegram, listas de transmissão validadas no Whatsapp, E-mail Marketing devidamente cadastrado e, sim, uma rede social nova para chamar de sua, são boas estratégias para as eleições.

Do Facebook, espere pouco. Vai entrar muita gente em campo pedindo o seu voto em meio a um eleitorado desesperado para estar longe dali.

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