Marques: Por que a volta do Orkut é celebrada pela verdadeira democracia?

Para Mario Marques, tudo conspira para que a conspiração dos supostos progressistas vire, rapidamente, um reles mimimi de gente chata

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Em 2004, caí na arena em meu primeiro job de marketing político, de comunicação e de entendimento da cabeça do eleitorado. Era a eleição do meu pai, Mario Marques, contra o petista Lindbergh Farias, à prefeitura de Nova Iguaçu. E estava lá o Orkut, a única rede social à disposição para quem precisava chegar mais perto do eleitor. E foi, na época, uma baita ferramenta. Estavam no Orkut todas as classes, todas as faixas de renda, todas as religiões, conectados em comunidades e com o verdadeiro espírito da internet: liberdade total e irrestrita. Você se sentia ofendido? Valia o que vale na vida real: ação o por danos morais e materiais. Tudo mudou. O Facebook e o Instagram assassinaram a internet. Portanto, seja bem-vindo de volta, Orkut.

Com o Orkut, conseguimos espalhar nas comunidades de Nova Iguaçu o que significaria uma possível eleição de Lindbergh para o futuro de Nova Iguaçu. Conseguimos registrar as diferenças entre os dois, ressaltando como o dinheiro interminável do Mensalão abastecia os shows de Zezé Di Camargo e Luciano e Sandy e Júnior, contratados para milionários showmícios de Lindbergh. Conseguimos mostrar que havia, de fato, um amor real de meu pai por Nova Iguaçu. E que Lindbergh estava ali apenas para arrombar os cofres da cidade. O Orkut ajudou muito. Muito.

Perdemos por pouco, mesmo com a montanha de dinheiro que, descobrimos depois, o PT arregimentou com petrolão, mensalão e todas aquelas falcatruas expostas pela República de Curitiba. A única vez em que a rede social venceu o dinheiro foi na campanha de Jair Bolsonaro, em 2018. Agora… não conte só com o que vão entregar Facebook e Instagram. Mais do que usar as plataformas, é preciso o discurso certo, o vídeo perfeito, a estratégia precisa. Também nas ruas.

Vivemos um mundo de total desvirtuamento da realidade. O que Facebook, Instagram, STF e imprensa classificam de fake news por vezes é a mais pura verdade. Temas ligados a eleições recebem tarjas para que você busque informações no TSE, informações que não necessariamente são transparentes ou verdadeiras. A luta da imprensa em voltar a tornar-se relevante tenta criminalizar as redes sociais, lugar onde todas as verdades estão sendo ditas.

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A compra do Twitter por Elon Musk a US$ 44 bilhões e o anúncio da volta do Orkut são um grito por liberdade de expressão. A democracia exaltada pela imprensa não existe. Só existe em tese. Na prática, está tudo dominado. Só há uma narrativa predominante na rua. E todos sabem qual.

O Facebook inclinou-se claramente para um lado, a começar pelo seu sistema de anúncios. Nesse momento, quando o conteúdo é político, a segmentação de perfil já não existe mais como em 2020. Tente se conectar a um público conservador e não achará mais esse perfil na rede. Tente explodir um conteúdo de direita e não achará engajamento. Tente formatar um universo religioso e não achará cristãos. Adeus, estratégia.

Para burlar uma cadeia enorme de cerceamento, é necessária muita experiência de marketing digital para fazer as conexões corretas. É nesse sentido que estamos trabalhando. Estamos nas entranhas do Facebook e do Instagram para formatar um novo processo de conteúdo. Para entregar o conteúdo preciso.

Se o Orkut chegar a tempo das eleições, será uma beleza. Estamos reféns do Mark Zuckerberg. Se em algum momento, o Facebook e o Instagram sumirem do mapa, o mundo vira pó. É preciso mais lateralidade, mais narrativas, mais abertura e menos regras. A internet sempre foi campo livre. E virou um campo de concentração de tiranos da comunicação se passando por democratas.

Estamos também à espera do Social Truth, a rede social de Trump, que ainda não está no Brasil.

Tudo conspira para que a conspiração dos supostos progressistas vire, rapidamente, um reles mimimi de gente chata. É questão de tempo.

Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.

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6 COMENTÁRIOS

  1. Não gosto do uso que se da ao termo progressista. Sugere que apenas a fatia mais a esquerda é capaz de progresso.
    Isso não é verdade. Quem um dia comprava imovelzinho apenas com o que ganhava de rachadinhas hoje está com a burra cheia, comprando mansões! Isso é progresso ou não?
    Logo, todo rato que guincha ao seguir seu mito e deseja usar a liberdade de espalhar fake news para ganhar algum agrado após as eleições também é progressista.
    Imitando seus ancestrais, age cavando buraco. Progride para baixo, mas não para de cavar. Nunca!
    Direita . . . Conservador . . . Rede social do Trump . . . tá.

  2. Lindbergh é horrivel!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Mas sabe o pior? Nova Iguaçu era tão abandonada que a esmola que o li8ndinho jogou fez muita diferença. Lindinho, meu bem,m meu mal.

  3. A ONU declarou que a tal festejada pelo articulista República de Curitiba tratou-se de verdadeiro lawfare para alcance dos objetivos por determinadi grupo político.
    Diretores e gerentes da Petrobrás estavam roubando muito antes de Lula, já na década de 90… assumiram isso em declaração no processo.
    Lula sequer teve patrimônio astronômico encontrado e há décadas está no mesmo apartamento de São Bernardo do Campo… onde estão as mansões? Iates? Aras com cavalos manga-larga?

    • CONCORDO PLENAMENTE COM RELAÇÃO AO TERMO “PROGRESSISAS”.
      ALGUEM VAI TER QUE MUDAR ISSO.
      NA VERDADE A ESQUERDA É O GRUPO MAIS ATRAZADO E CONSERVADOR DA HISTÓRIA, COM FRASES PRONTAS QUE SÃO REPETIDAS COMO PAPAGAIO.
      TAMBÉM ACHO O TERMO “CONSERVADOR” INADEQUADO PARA AQUELE GRUPO QUE INOVA COM SERIEDADE.
      SUGIRO QUE O GRUPO CHAMADO DE “CONSERVADO” PASSE A SER DENOMINADO COMO “INOVADOR” E OS CHAMADOS PROGRESSISTAS COMO “PARALIZADORES”, OU ALGO AFIM.

    • ATIBAIA, DUPLEX, INVASÕES GENERALIZADAS, OBRAS MILIONARIAS EM PAISES AUTORITARIOS, MENSALÃO, PETROLÃO, OLIMPIADAS, COPA DO MUNDO, DILMANTA POR ELE INDICADO, CELSO DANIEL E TETEMUNHAS, IDEOLOGIA DE GENERO E VARIOS ETC…………….

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