Marques: Rejeição a Bolsonaro respinga em aliados para 2022

Para Mario Marques, a rejeição a Jair Bolsonaro pode naufragar muitas candidaturas, incluindo a de Claudio Castro, cujo governo está em situação delicada

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Foto: Rogério Santana

A nova pesquisa XP/Ipespe, realizada de 11 a 14 de agosto, com 1.000 entrevistas e 3,2% de margem de erro, é ruim para o presidente Jair Bolsonaro, mas não preocupa. A avaliação de Ruim/Péssimo vai a 54%. A base de sustentação, diante de uma crise sanitária que não tem data para acabar, ainda é significativa: há 23% de Ótimo/Bom e 20% de Regular – pela configuração da pesquisa, não se sabe quanto é Regular Positivo e quanto é Regular Negativo. A mais de um ano da eleição, os números desfavoráveis são um retrato atual da inação do presidente. Mas não é ele o mais prejudicado: quem está sofrendo de fato são os candidatos amarrados em sua imagem.

Postulantes a deputados, senadores e governadores já começam a avaliar a associação direta com a imagem do presidente. Segundo a pesquisa, 63% desaprovam a administração de Bolsonaro. E para 46% a sensação é de que a corrupção vai aumentar nos próximos seis meses. Em relação à economia, a percepção de que o Brasil está no caminho errado é de 63%.

No cenário eleitoral, na apresentação dos candidatos a presidente, no modelo Induzido, Lula tem 40%; Bolsonaro, 24; Ciro Gomes, 10%; Sergio Moro, 9%; Mandetta, 4%; Eduardo Leite, 4%; Brancos, Nulos, Não sabem, Não responderam e Nenhum somam 9%. Entretanto, na Espontânea, na qual o eleitor é perguntado em quem votaria, sem apresentação da cartela de candidatos, Lula tem 28% e Bolsonaro, 22%. A polarização clara entre um e outro também mostra que o voto em ambos não é cristalizado. A rejeição a Bolsonaro soma 61% e a Lula, 45%. Ambos são rejeitados pela população, mas se retroalimentam um do outro.

O aumento gradativo da rejeição a Bolsonaro assusta seus aliados. Muitos se elegeram à sombra do presidente, sem luz própria. Não há no horizonte nenhum indicador de que sua imagem vai ganhar um lustro. Há, portanto, espaço para um novo nome de centro. E isso está claro, por exemplo, no espelhamento em alguns estados. A candidatura de Cesar Maia, de centro, já é uma realidade que ameaça a candidatura WO de Claudio Castro, cujo governo naufraga em mar bravio e nesse momento está em delicadíssima situação.

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