Marroni Alves: Orgulho de ser Paraíba!

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Mais alguém, assim como eu, está percebendo que, dizer asneira, é uma estratégia de governança do Bolsonaro? Fica todo mundo voltado para as falas contra o Nordeste, contra a Miriam Leitão, negando a fome, filho que frita hambúrguer etc. As coisas importantes foram: vão garfar a multa de 40% do FGTS, a comprovação da nossa situação de colônia americana, quando a Petrobras é impedida de abastecer navios iranianos, porque o tio Sam pode dar palmadinha na bundinha. E os produtores brasileiros, que votaram nesse coiso, vão perder sua carga de cem milhões de reais.

Perseguir Nordestino é algo que vem de longe. Quando Jesus era bebê foi perseguido por Herodes, porque ele pensou que Jesus poderia ser um revolucionário, que libertaria os judeus do império romano, como Moisés fez com os judeus do Egito. Jesus virou refugiado no Egito. Depois foi criado no “Nordeste” israelense que era Nazaré. Sabia que ser chamado Nazareno, ou de Nazaré, não era honroso!? O nazareno sofria preconceito. Isso fica claro por duas vezes, quando Jesus foi desacreditado por ser de lá.

Chamar quem vem do nordeste de “paraíba” aqui no Rio, é o tom pejorativo que a “pseudo-elite” carioca, se referiu ao meu pai, minha mãe e avós. É antigo esse papo. Em São Paulo, eles chamam quem vem do Nordeste de “baianos”.

Quem tem origem no Nordeste, já deve ter sido chamado de “paraíba” quando esteve em uma praia carioca, em um shopping da Zona Sul ou até em forma de “brincadeira” na escola, no trabalho ou por algum tio bobão.

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Sou bisneto de pai Berto e mãe Mariinha, dois agricultores, que são pais do meu avô Lourival, ex-militar e caldeireiro da falida Fábrica Kaury no bairro Centenário em Duque de Caxias, e avós de minha mãe Vera, quase toda vida empregada doméstica e que fez crisma com Frei Damião. Neto de dona Quitéria e seu Chiquinho do Porco, que são pais do Tonho de Cabanas, meu pai. Toda origem da minha família é no agreste pernambucano.

Não tenhamos medo de exaltar nosso orgulho ao Nordeste. Somos da terra de Suassuna, Caymmi, Rui Barbosa, João Gilberto, Alceu Valença, Gil, Caetano, Raul Seixas, Luiz Gonzaga, Maria Quiteria, Arraes, Rachel de Queiroz, Irmã Dulce, do rio São Francisco, praias, serras, caatinga, do minério, grãos, frutas, da Revolução Praieira, da Revolta dos Alfaiates, da Independência Baiana, de Canudos, do Dragão do Mar, de Frei Caneca e do Mandacaru. Povo que não teme o trabalho, venceu a seca, a morte e não esmorece. Jair, você não dá um nordestino. Respeita os oito baixo do meu pai!

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Cidadão Baixada. Filho, neto e bisneto de pernambucanos é caxiense, portelense, tricolor, professor de História e Jornalista. É pesquisador na área da pessoa com deficiência, voluntário do Lions Clube Xérem e no Pré-Vestibular Comunitário da Educafro.
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2 COMENTÁRIOS

  1. Disse tudo! O pior foi ver o “coiso” tentar emendar o soneto dizendo que a filha tinha sangue de “cabra da peste” por parte da mãe… Aí foi que o caldo entornou de vez mesmo!
    Parabéns, pelo seu texto, Marroni! A voz do Nordeste é mais forte que tudo!

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