Marroni Alves: Troque a intolerância por Irmã Dulce

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O retrato oficial da primeira Santa brasileira, já está exposto na Basílica de São Pedro, onde será canonizada pelo Papa Francisco, neste domingo (13/10), Irmã Dulce. Seu dia no calendário será celebrado todo 13 de agosto. Acompanhando toda a repercussão da canonização de Irmã Dulce, encontrei essa passagem sobre sua vida e peregrinação a favor dos pobres:

Certa vez Irmã Dulce estava em uma feira-livre de Salvador e pedia de feirante em feirante comida para suas crianças. Ao chegar em uma barraca, estendeu a mão e pediu:
– Comida para minhas crianças.
O feirante de forma grosseira cuspiu em sua mão. Dulce limpou o cuspe em sua roupa e disse:
– Essa cuspida foi para mim! E para minhas crianças, o senhor tem algo?

O que faríamos no lugar de Irmã Dulce ao receber um cuspe? Lembro ao leitor, que independente de nossa religião ser católica, espírita, budista, evangélica, umbandistas, candoblecista ou ateu, a cidadã Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes – seu nome de batismo –, merece o respeito daqueles que acreditam no humanismo.

Irmã Dulce fez toda sua obra ser escravizar mentalmente por conveniência, pois é conveniente não pensar por si e delegar a autonomia de pensamento a alguém. Não é o que vemos por aí? Kant explica esse fenômeno. Dulce durante sua vida, pegou a cruz oferecida por Cristo e seguiu fielmente o que ele disse: “Na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.”. Jo 14.12.

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Dulce não pediu para ser Santa, atribuía tudo a Deus. Mas é há anos para muitos baianos e vai ser para o mundo católico oficialmente, a partir deste domingo. Santa Dulce dos Pobres, uma santa que viveu em nosso tempo.

A atriz Regina Braga, incorporou Irmã Dulce nos cinemas em 2014. Tanta semelhança fez o Vaticano usar erroneamente uma foto sua vestida na personagem. Na época das gravações do filme, assumiu que pouco conhecia sobre Dulce até o convite para o papel. “Tinha ouvido falar, sabia que era uma religiosa baiana, mas confundia um pouco (sua imagem) com a Madre Tereza de Calcutá”. Ao fim das gravações Regina exclamou: “Minha religião agora é Irmã Dulce!“. Ao descobrir quem foi Irmã Dulce, certamente dará razão. Não precisamos de religião para acreditar em Irmã Dulce, mas precisamos de respeito com a fé alheia daqueles que acreditam na Santa.

Santa Dulce dos Pobres, depois que disseram que nosso país ficou ruim, ele nunca mais melhorou. Rogai por nós! 

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Cidadão Baixada. Filho, neto e bisneto de pernambucanos é caxiense, portelense, tricolor, professor de História e Jornalista. É pesquisador na área da pessoa com deficiência, voluntário do Lions Clube Xérem e no Pré-Vestibular Comunitário da Educafro.
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