O bairro do Méier, uma dos mais tradicionais e antigos da zona norte carioca, celebra nesta terça-feira (13/05), 136 anos de existência com uma programação cultural que reforça o papel dos subúrbios na formação intelectual e afetiva do Rio. A data marca a inauguração da estação de trem do bairro, em 1889, e também o nascimento de Lima Barreto — um dos maiores escritores brasileiros, que fez do subúrbio um personagem recorrente em sua literatura.
Como parte da homenagem dupla, o Jardim do Méier — aberto ao público desde 1919 e um dos mais antigos do subúrbio — receberá um parabéns coletivo com distribuição de bolo às 13h. A ação simbólica dá início às comemorações, que ganham fôlego ao fim do dia na Livraria Belle Époque (Rua Soares, 50), ponto cultural super conhecido entre os moradores do bairro, em parceria com a Associação de Moradores do Méier (AMME), o coletivo Engenhos de Histórias e outras entidades locais.
A partir das 18h30, a livraria dá início às aulas públicas e apresentações musicais. A professora Elaine Brito abre a noite com a aula “Lima Barreto: um intelectual negro e suburbano”, seguida pelo professor Rafael Mattoso, que discute a trajetória do bairro em “Um grande Méier de histórias”. Na sequência, o grupo Afrotelúricos se apresenta ao lado de Macedo Griot, e o músico Alexandre Lloro encerra a noite com um show às 20h30.
Além de Lima Barreto, o Méier já foi endereço de Arthur Azevedo, Millôr Fernandes e Fátima Bernardes. O bairro, que possui o terceiro melhor IDH da Zona Norte do Rio (atrás apenas do Jardim Guanabara e do Grajaú) ainda mantém até hoje uma forte ligação com a cultura e a literatura — especialmente em 2025, quando o Rio foi reconhecido como Capital Mundial do Livro.
Programação do evento
18h30
• Aula com Professora Elaine Brito – “Lima Barreto: um intelectual negro e suburbano”
• Aula com Professor Rafael Mattoso – “Um Grande Méier de histórias”
19h30
• Apresentação musical do grupo AFROTELÚRICOS com participação de Macedo Griot
20h30
• Apresentação musical de Alexandre Lloro