Menina com paralisia cerebral é a primeira aluna com deficiência da Orquestra Maré do Amanhã

Apesar das limitações físicas, Pietra, de apenas 7 anos, já tem mostrado avanços dentro e fora da sede do projeto

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Foto: Arquivo Pessoal

A Orquestra Maré do Amanhã acaba de ganhar mais uma vertente em sua missão de responsabilidade social, junto aos moradores das 16 comunidades do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro: a inclusão de crianças e adolescentes com deficiência. É o caso da Pietra, de apenas 7 anos e portadora de paralisia cerebral, uma condição neurológica que compromete o movimento dos seus membros inferiores e parte dos superiores. Ela foi a primeira aluna com deficiência que a orquestra recebeu.

Apesar das limitações físicas para realizar algumas atividades cotidianas, a caçula da orquestra tem encontrado na música o ritmo certo para ajudar no desenvolvimento de sua capacidade cognitiva. E a dedicação tem sido tanta que com apenas 2 meses de aulas e ensaios, os avanços já são percebidos dentro e fora da sede do projeto.

A chegada da Pietra representa uma quebra de paradigmas que as pessoas costumam ter em relação à sua própria deficiência e, inclusive, serviu de inspiração a outras duas crianças com deficiência física, que também nos procuraram para serem incluídas no projeto. Acompanhar cada progresso no processo de desenvolvimento da Pietra, cada nota correta tirada no violino e a sua resposta imediata aos comandos dos instrutores, tem sido bastante recompensador para todos nós que fazemos parte da orquestra”, destaca o maestro Carlos Eduardo Prazeres.

De acordo com o maestro, a música tem um grande poder de potencializar as habilidades e talentos de crianças e adolescentes, trazendo grandes benefícios para a saúde e o aumento da sensação de bem-estar e qualidade de vida. Além disso, é capaz de melhorar significativamente a capacidade de concentração, a escuta, as interações sociais e a coordenação motora, pontos que são bastante estimulados com todos os alunos, com ou sem deficiência, durante os ensaios.

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Segundo a mãe da Pietra, a dona de casa Juliana Mesquita, o despertar da menina para a música ocorreu aos 5 anos de idade, durante as aulas que os jovens músicos ministravam em sua escola. Passados 2 anos, o gosto pela música fez com que a mãe procurasse a orquestra para ver a possibilidade de participação dela nas aulas. De lá para cá, os ganhos para a saúde física e emocional têm sido muitos, em especial, em relação à sua postura e à autoestima.

A forma acolhedora com que todos da orquestra nos receberam, enxergando a Pietra para além da sua deficiência e com foco único na música, isso sim representa uma verdadeira inclusão social. É extremamente gratificante para mim, poder vivenciar essa experiência e aplaudir cada avanço e conquista dela junto aos demais jovens músicos da orquestra”, destaca Juliana.

O projeto acontece de segunda a sexta-feira, das 12h às 17h. Para participar, é preciso ter idade mínima de 7 anos, estar cursando o ano letivo e ser morador das comunidades do Complexo da Maré.

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