Menos leitos e muitos casos de Covid-19; situação preocupa especialistas

Dados de um relatório elaborado pelo Comitê Científico da Prefeitura aponta para uma perda significativa do número de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes da doença no Rio, fazendo com que o tempo de espera da transferência para um hospital público seja de 23h

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Foto: Guito Moreto

No Rio de Janeiro, de maneira geral, os casos de Covid-19 não apresentam queda e o número de leitos de UTI para os pacientes específicos de coronavírus estão com ocupação cada vez maior. Isso está preocupando cientistas. Dados de um relatório elaborado pelo Comitê Científico da Prefeitura aponta para uma perda significativa do número de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes da doença no Rio, fazendo com que o tempo de espera da transferência para um hospital público seja de 23h.

“Na realidade a gente teve uma redução de leitos na cidade do Rio de Janeiro e uma manutenção no número de casos e isso aí vai ter impacto. O número de casos está mais ou menos estável nas últimas semanas, mas teve fechamento dos hospitais de campanha. Então reduziu o número de leitos. E, com isso você tem uma dificuldade maior de transferir os doentes das unidades básicas para as unidades de terapia intensiva. A única forma (de resolver) é aumentar a oferta (de leitos). Diminuir o número de casos vai ser difícil, com as atividades voltando ao normal. Até jogo de futebol agora vai voltar a ter público. Ou você aumenta a oferta de leitos ou o número de casos não vai cair”, aponta, ao jornal Extra,  o infectologista Alberto Chebabo, para quem as atividades estão sendo retomadas de forma aleatória e sem nenhum critério

Os dados do relatório do comitê científico mostram que na última sexta-feira, 18/08, havia 520 leitos operacionais de um total de 950 cadastrados, o que corresponde a um redução de 26% dos leitos operacionais em cerca de 30 dias. Isso fez com que o tempo médio de espera para transferência que era de 8h saltasse para 23h.

O fechamento dos hospitais de campanha é apontado como uma das causas para essa diminuição de leitos disponíveis. Contudo, os especialistas ressaltam que, além na necessidade de reabertura de novos leitos, a população precisa de conscientizar da necessidade de tomar com a precaução para evitar o contágio.

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Na semana passada, o prefeito Marcelo Crivella já havia informado que a prefeitura estava tentando firmar um convênio com o governo federal para reabrir 95 vagas de UTI na rede municipal. De acordo com a Prefeitura, cada leito de UTI custa cerca de R$ 4 mil. A intenção é fazer um contrato de 60 dias, que teria um custo total em torno de R$ 24 milhões. O subsecretário municipal de Saúde, Jorge Darze informou que o município está buscando junto ao Ministério da Saúde a habilitação desses leitos, que seriam abertos no Hospital de Campanha do Riocentro e no de Acari.

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