Mercado de Imóveis do Rio de Janeiro Reaquecendo

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Rio de Janeiro por Stephane Peres

Fala-se muito em desgraça coletiva, hecatombe econômica.  Não sou economista, e entendo muito pouco do assunto.  Mas tem uma coisa (duas!) que eu tenho: Olhos e uso-os bem. Brinco com minha memória para nomes e endereços lidos em documentos, por exemplo: cumprimento clientes cujos imóveis vendi há 10 anos por seus nomes completos (Dona Celina M. Castello Branco? Como vai? Foi boa aquela venda da Rua Buenos Aires 2, Sobreloja 102! – coisa do tipo – ah, eu sei o que o M significa sim).

Trabalho com venda, locação e administração de imóveis, e principalmente no atacado. Isto significa que embora tenha lá na firma um departamento que vende uma sala comercial pra uma usuária final (por exemplo, a Sra. Consuelo Braga, que comprou a tal sobreloja mais ou menos no ano 2000), nosso negócio é mais intermediar a venda de 20 sobrelojas ao mesmo tempo para o mesmo investidor. Clarificando, cuido de um número bem maior de imóveis que de clientes! Ou, mais ainda, tenho muito mais vendedores do que compradores !

Então, se não tenho uma idéia perfeita do varejo, minha experiência com o atacado de imóveis (sim, existe!) é razoável. E, aí posso dizer que este ano de 2014 começou meio devagar mas está terminando muito, muito bem. O número de investidores buscando se aproveitar da pequena baixa que o mercado sofreu é grande; sua idéia é simples – comprar agora de quem está assustado e portanto desesperado para vender.

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Em geral, Quem vende? Quem está nervoso, porque está com imóvel vazio, pagando condomínio; quem está com medo do inquilino sair; quem está borrado de medo do resultado da eleição; quem entende que comprou na baixa, e acha melhor vender na alta e reposicionar o investimento (“trocar de posição”).

Quem está comprando?  Grandes investidores; fundos imobiliários estrangeiros; companhias administradoras de bens próprios. Estão comprando lojas, salas, andares, em grande volume, justamente daqueles que descrevi acima.  Engraçado é que, como regra, quem está comprando são corporações ou investidores muito de muito mais relevo do que quem está vendendo, salvo raras exceções.  Será que os fundos bilionários brasileiros e do exterior ficaram burros de repente? Provavelmente não. Quem sabe o burro (ou mal intencionado) não é quem não pára de alarmar a todos?

O resultado positivo dos últimos seis meses, com grande volume de negócios, só pode significar que alguém que entende muito mais do que eu (ou não mexeriam com tanta grana) estudou nossa situação econômica e verificou que o problema não pode ser tão grave quanto está se dizendo por aí.

Meu pai sempre dizia que rico que é burro fica pobre. Essa turma que tá comprando belíssimas propriedades não me parece burra não. Fica o ensinamento

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