Microsoft cria novo centro de processamento de dados no Rio, mirando tecnologia 5G

O lançamento de um novo centro de processamento de dados foi incluído no programa Mais Brasil, criado em parceria com o Ministério da Economia para ajudar o país na retomada após a pandemia

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
Microsoft aposta na maior demanda por serviços em nuvem. Na imagem, um data center operado pela companhia Foto: Divulgação

Segundo reportagem do jornal o Globo, a Microsoft, empresa estadunidense que desenvolve software, iniciou as operações de um novo centro de processamento de dados no país, instalado no Rio de Janeiro. A transnacional estaria de olho na demanda crescente por serviços em nuvem, acelerada pela pandemia do novo Coronavírus.

A companhia, até então, concentrava sua infraestrutura de nuvem em seu data center em São Paulo. Com a expansão, clientes passam a ter a opção de recuperação de desastre — o armazenamento redundante dos dados — em território nacional, exigência regulatória para alguns setores e item da Lei Geral de Proteção de Dados.

Essa nova região, a Brazil Southeast, oferece essa opção adicional para cenários de recuperação de desastres sem a necessidade de replicar dados fora do Brasil, explica João Nunes, diretor de Nuvem da Microsoft. — Clientes de segmentos regulamentados agora têm a opção de manter os dados aqui no país.

Com dois data centers em operação, a companhia consegue garantir maior capacidade, alta disponibilidade e menor latência (tempo entre a solicitação e a transferência dos dados). Com essa infraestrutura, a empresa se adianta ao cenário previsto para o 5G, que vai ampliar exponencialmente a demanda por serviços de computação em nuvem.

Advertisement

A expansão é para atender esse processo acelerado de transformação digital que o país vive, mas a gente está sempre olhando para o futuro“, diz Nunes, que acrescenta. “O 5G vai habilitar novos cenários, com a coleta de uma imensa quantidade de dados por dispositivos da internet das coisas, e as empresas vão precisar de uma infraestrutura de cloud adequada e inteligente, para transformar esses dados em valor“.

O lançamento de um novo centro de processamento de dados já estava no planejamento da Microsoft, mas foi incluído em um dos pilares do programa Mais Brasil, criado em parceria com o Ministério da Economia para ajudar o país na retomada após a pandemia.

Segundo Nunes, a expansão da infraestrutura tecnológica do país é um dos pilares, no qual se insere o data center.

Capacitaçao de trabalhadores

O programa prevê ainda um pilar de capacitação profissional para as novas tecnologias. Para isso, foi lançada a “Escola do Trabalhador 4.0”, plataforma de educação a distância desenvolvida pela Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial.

A plataforma tem capacidade para atender até 5,5 milhões de trabalhadores até 2023, e a Microsoft vai oferecer 58 instrutores para orientação personalizada para até 315 mil pessoas.

São mais de 20 cursos diferentes, que oferecem desde o treinamento básico em alfabetização digital até módulos avançados de computação em nuvem, inteligência artificial e ciência de dados.

No pilar de sustentabilidade, a companhia fechou parceria com a Vale e a Imazon para usar recursos de inteligência artificial para prever, com modelos de predição abastecidos com imagens de satélite, as regiões da floresta amazônica mais suscetíveis ao desmatamento.

É o comprometimento da Microsoft com a retomada do país no pós-Covid“, afirma Nunes.

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp Microsoft cria novo centro de processamento de dados no Rio, mirando tecnologia 5G
Advertisement

3 COMENTÁRIOS

  1. Achei ótima a iniciativa da Microsoft! Quanto à concorrência, ela só existe, primeiro, pela existência de empresas do mesmo ramo e capacidade. O que não tem! É a lógica da coisa. Se não tem concorrência, pela inexistência de mais empresas do ramo, o cenário é esse; não monopólio, simplesmente, da Microsoft.

  2. Órgãos públicos além de empresas públicas e do setor privado estão contratando e migrando para a nuvem suas operações.
    A Microsoft é talvez a que mais está na frente. Some-se as soluções do Office 365.
    O que ACHO ABSURDO é como uma empresa que tem praticamente nenhum concorrente devido às soluções (quase um monopólio) ainda conta com ajuda do Governo (com financiamento a juros baixos e renúncia de impostos).

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui