Ministério da Saúde busca vacinar 549,1 mil jovens contra o HPV no Rio

Adolescentes de 15 a 19 anos são o público-alvo, cerca de 54% dos jovens ainda não foram vacinados e já passaram da faixa etária de imunização

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Imagem meramente ilustrativa / Reprodução: Internet

Uma campanha do Ministério da Saúde busca alcançar adolescentes entre 15 e 19 anos que ainda não receberam a vacina contra o HPV. O papilomavírus humano, altamente transmissível, é responsável por vários tipos de câncer, incluindo o de colo do útero, o terceiro mais comum entre as mulheres no Brasil.

A imunização tem maior eficácia quando aplicada antes do início da vida sexual, por isso, a faixa etária recomendada na rotina do SUS vai de 9 a 14 anos. No entanto, muitos adolescentes não foram vacinados nesse período devido à desinformação ou à pandemia de covid-19, que reduziu a cobertura de diversos imunizantes.

No Rio de Janeiro, 15 municípios, incluindo a capital, estão entre as cidades prioritárias para ampliar a vacinação, com cerca de 549,1 mil adolescentes ainda sem proteção contra o HPV. A campanha foca em 121 municípios brasileiros com os maiores índices de não vacinação, somando 2,95 milhões de jovens em todo o país. A meta é imunizar ao menos 90% desse público.

Eder Gatti, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), destaca a importância da estratégia e o uso de dados locais para atingir os adolescentes não vacinados. “Temos vacinas suficientes e um planejamento sólido para garantir a vacinação dos nossos adolescentes, incluindo aqueles que não foram vacinados na idade recomendada e que agora estão fora dessa faixa”, afirma.

Apesar de a vacina contra o HPV estar disponível gratuitamente no SUS desde 2014, a adesão tem sido abaixo do esperado nos últimos anos. Como parte da nova estratégia, o Ministério da Saúde lançou um painel específico para o HPV no sistema da pasta, permitindo que gestores municipais acompanhem a cobertura vacinal por faixa etária desde 2014. A ferramenta auxilia na identificação de áreas mais críticas e na análise da evolução dos indicadores ao longo dos anos.

Os cinco estados com os maiores índices de adolescentes não vacinados são Rio de Janeiro (54%), Acre (40%), Distrito Federal (38%), Roraima (36%) e Amapá (32%). Um estudo da Fundação do Câncer revelou que, em 2023, a cobertura vacinal no Brasil entre meninas era de 75,8% na primeira dose e 57,4% na segunda. Entre os meninos, os índices eram de 52,2% e 36,4%. A estimativa para 2024 aponta que cerca de 7 milhões de adolescentes entre 15 e 19 anos ainda não receberam a vacina.

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