A deputada federal Flordelis, acusada de ser a mandante do assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, completa neste sábado (03/10) 15 dias sem monitoramento pela tornozeleira eletrônica. O equipamento garante que ela cumpra o recolhimento domiciliar das 23h às 6h, confirme decisão da Justiça do RJ. Entretanto, a parlamentar ainda não compareceu à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) para colocar o aparelho.
Segundo o Tribunal de Justiça, os oficiais não conseguem intimá-la nem em Niterói, onde ela mora, nem em Brasília, onde trabalha.
A juíza da 3ª vara criminal de Niterói, Nearis dos Santos Carvalho Arce, determinou na quinta-feira (01/10) que os advogados da deputada fornecessem – em 24 horas – os números dos telefones dela e que a intimação seja feita até mesmo fora do horário de expediente, se necessário com auxílio da força policial. O prazo determinado pela juíza termina neste sábado.
Flordelis e os filhos são réus em processo sobre a morte do marido, pastor Anderson do Carmo, assassinado dentro de sua casa em Niterói, em junho do ano passado. A deputada é acusada de ser a mandante do crime, mas não pode ser presa em razão de sua imunidade parlamentar.
O corregedor da Câmara dos Deputados, deputado Paulo Bengtson (PTB-PA), apresentou na última quinta-feira (01/10) ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um parecer recomendando o envio do processo da deputada Flordelis (PSD-RJ) para o Conselho de Ética.
O caso foi analisado pelo corregedor após representação feita no fim de agosto pelo deputado Léo Motta (PSL-MG) contra a deputada, acusada de quebra de decoro parlamentar. Agora, a Mesa Diretora da Câmara analisará o relatório e decidirá se envia o caso para o Conselho de Ética da Casa.