Moradores da Gávea acionam a justiça para conter som alto em eventos no Jockey Club Brasileiro

De terça a domingo, a realidade nas proximidades do JCB é de muito barulho e intranquilidade para os moradores do bairro

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Moradores da Gávea colocaram faixa de protesto contra o barulho gerado no Jockey / Foto: AmaGávea

Com exceção da segunda-feira, os moradores da Gávea, na Zona Sul da cidade, são importunados pelo som alto proveniente dos eventos realizados no Jockey Club Brasileiro (JCB) todos os dias da semana.  Alexandre Magalhães, advogado da associação de moradores do bairro (AmaGávea), destacou que o problema é antigo, mas foi agravado durante o período pandêmico.

 “O problema é constante e vem de antes da pandemia. Mas a partir de julho do ano passado aumentou muito. Estabelecimentos que funcionam lá dentro, mais especificamente o Bosque e o Mandarim, passaram a utilizar seus espaços externos para promover eventos com DJ e música ao vivo que muitas vezes começam à tarde e se estendem pela madrugada”, relatou ele à revista VEJA, complementando que o Jockey passou ainda a alugar o seu espaço para terceiros para a realização de festas, eventos e shows, sem tratamento acústico e com a presença de mais de 15 mil pessoas. Uma grande reportagem sobre isso foi ao ar também no programa Balanço Geral, da TV Record.

Em novembro, o prefeito Eduardo Paes e o secretário municipal de Governo e Integridade Pública, Marcelo Calero, receberam a denúncia. O Ministério Público (MP), por sua vez, tomou ciência do problema em dezembro.  “A prefeitura até agora não tomou qualquer providência, inclusive continua apoiando os eventos realizados no Jockey. Mas o MP já está intimando as partes para apurar os fatos”, afirmou o advogado também à versão online da revista.  Magalhães demonstra preocupação com a quantidade de festas agendadas no período pré-carnavalesco e com o festival Mita, marcado para maio, no qual devem comparecer aos shows de Gilberto Gil e Marcelo D2 mais de 25 mil pessoas.

A Prefeitura, por sua vez, informou por meio de nota, através da Secretaria de Ordem Pública (Seop), que, ao longo de 2021, realizou fiscalizações constantes em estabelecimentos situados dentro do Jockey Club Brasileiro, sendo que alguns deles foram notificados, autuados e, inclusive, interditados. “O próprio JCB foi notificado pela Seop. Em 2022 as fiscalizações seguirão ocorrendo de forma rotineira“, ressaltou o poder público municipal no documento.

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O Jockey Club também emitiu uma nota na qual esclareceu que foi notificado pelo Ministério Público apenas nesta quinta-feira (6), e que está disponível para prestar todas as informações solicitadas: “Sobre os eventos citados na denúncia, o JCB esclarece que os mesmos são realizados por terceiros, e que na qualidade de locador dos espaços fiscaliza o cumprimento das obrigações previstas em contrato e, em caso de falta, há aplicação das das penalidades cabíveis”, esclareceu o Jockey.

Fontes do mercado imobiliário disseram ao DIÁRIO que com a queda vertiginosa das rendas do Turfe, o Jockey tem faturado alto com a locação de espaços para eventos e também aberto mão de antigos espaços para cocheiras e funcionários, locando estes espaços para todo o tipo de comércio, contando com sua localização super nobre.

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