Moradores de Paquetá organizam protesto contra Barcas Rio após 100 dias de operação

Moradores denunciam piora no serviço após entrada da nova operadora das barcas

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O consórcio Barcas Rio está no comando do serviço há aproximadamente três meses — Foto: Reprodução

A comunidade da ilha de Paquetá marcou um protesto para o dia 22 de maio, na Praça XV, em frente à sede da Barcas Rio. A mobilização é resposta a problemas que, segundo a Associação de Moradores de Paquetá (Morena), pioraram desde que a nova concessionária assumiu o transporte aquaviário.

A principal queixa é o aumento nos atrasos. De acordo com o presidente da associação, viagens que antes se atrasavam em média de 10 a 30 minutos agora acumulam esperas de até uma hora. Ele afirma que só em abril recebeu relatos de pelo menos três atrasos desse tipo. Como a travessia até o Centro do Rio leva quase uma hora, atrasos causam impacto direto na vida dos moradores.

Outros problemas incluem a longa espera entre embarques, poucas barcas climatizadas e a dificuldade para acessar a estação da Praça XV com antecedência. Passageiros relatam que só podem entrar quando falta menos de uma hora para o embarque, o que os deixa vulneráveis na rua, especialmente à noite.

Idosos e pessoas com mobilidade reduzida também são afetados. Quando há atrasos, eles são levados com antecedência para a plataforma flutuante, onde ficam expostos ao sol ou à chuva até a chegada da barca. Paquetá tem uma população com mais de 30% de idosos, o dobro da média nacional.

A associação também critica a falta de diálogo com a empresa. Desde fevereiro, moradores aguardam uma reunião com a diretoria da Barcas Rio, após entregarem um ofício com reivindicações e resultados de uma pesquisa feita com mais de mil residentes. Segundo a associação, a única resposta veio da assessoria de imprensa da empresa, sem qualquer reunião marcada.

A Secretaria Estadual de Transporte (Setram), responsável pelo contrato com a Barcas Rio, informou que em abril foram realizadas 693 viagens na linha Paquetá, e apenas 8,95% tiveram atrasos superiores a dez minutos. O órgão afirmou que condições climáticas e o transporte de cargas influenciam a operação, e que o consórcio vem fazendo ajustes — incluindo uma redução de 5% no tempo médio das viagens entre março e abril.

Sobre as queixas relacionadas ao embarque e ao acesso à estação, a Setram informou que a limpeza é feita entre viagens e que há espaços cobertos para o público preferencial. Também disse que vai estudar mudanças para melhorar o processo, principalmente à noite.

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