Moradores de Paquetá pedem mais incentivo ao turismo local para alavancar economia da ilha

Um dos desafios é fazer de Paquetá um lugar para turismo ''tradicional'', isto é, com hospedagens, e não apenas para visitação de apenas 1 dia; moradores também cobram melhorias no acesso à ilha

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Imagem meramente ilustrativa de parte da Ilha de Paquetá, no Centro do Rio - Foto: Julio Pereira

Um estudo recente realizado pelo Sebrae em parceria com a ONG Instituto de Eventos Ambientais (Ieva) aponta que 9 em cada 10 moradores de Paquetá, charmoso bairro da região central do Rio de Janeiro, consideram que alavancar o turismo local é crucial para a geração de mais emprego e renda na ilha localizada na Baía de Guanabara.

Vale ressaltar que, durante a pandemia, o número de visitações a Paquetá diminuiu consideravelmente, e só agora vem sendo retomado. No entanto, os habitantes relatam a dificuldade em relação a transportes para se chegar à ilha como um fator bastante prejudicial para que a economia local seja melhor explorada.

”Os turistas ajudam os comerciantes e a quem trabalha nas charretes, porque o capital de giro fica maior. As pessoas têm vindo no início do mês. No primeiro fim de semana, fica cheio. Tem vezes que a barca das 18h30 de retorno ao Rio não comporta todo mundo e as pessoas têm que esperar para pegar a das 23h30”, explicou Patrick Coutinho, de 22 anos, nascido e criado na ilha, ao jornal ”Extra”.

”O horário da barca atrapalha demais o comércio e o turismo. Houve um movimento muito bom, com horário de atendimento das barcas bem razoável, até o fim de 2019. Mas depois houve uma queda abrupta na quantidade de viagens”, complementou, por sua vez, Maurício Castelhano, dono do restaurante Zeca’s Paquetá.

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Outra questão que também precisa de mudanças, segundo os moradores e especialistas, é em relação ao formato do turismo local. Apesar de inegavelmente ter condições de receber visitantes para hospedagens, Paquetá ainda é vista por muitas pessoas como um local para passeios de apenas 1 dia.

”Muita gente visita Paquetá, mas não vê a ilha como um destino turístico. A gente percebeu isso na pesquisa e em conversa com agências de viagens. Ainda não é um destino desenvolvido para o turismo”, afirma Tayssa Araújo, gestora de projetos sobre turismo do Sebrae.

Para tentar ajudar a mudar esse panorama, há projetos elaborados por instituições e líderes locais, como o aplicativo ”Paquetá – Guia Virtual do Patrimônio”, que dá detalhes sobre os atrativos turísticos da ilha. Ele já foi aprovado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura, mas, até o momento, ainda não conseguiu nenhuma empresa interessada em patrociná-lo.

O que dizem a Prefeitura e a CCR Barcas

Procurado pelo DIÁRIO DO RIO para comentar o assunto abordado na matéria, o secretário municipal de Turismo, Antônio Mariano, destacou o potencial de Paquetá e revelou que, buscando explorar isso, a pasta está planejando a criação do distrito turístico do bairro, que será nos mesmos moldes do lançado na Glória, na Zona Sul carioca, no último mês de março.

”Já temos todas as atrações turísticas da ilha e agora estamos levantando outras questões que auxiliem no desenvolvimento turístico, como intervenções urbanísticas e de conservação”, complementou.

Já a CCR Barcas, concessionária que administra o referido meio de transporte que dá acesso à ilha, de acordo com o ”Extra”, justificou que os horários da linha Paquetá respeitam a resolução da Secretaria Estadual de Transportes, baseada em decisão judicial de janeiro de 2020.

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