Moradores de prédio da rua Paissandu vivem sob ameaça constante

Terror é o que vivem diariamente os moradores do edifício Macedo Costa. Ex-presidiário teria ocupado uma unidade do edifício, e é suspeito de traficar drogas, realizar festas barulhentas madrugada adentro e abrir as portas de casa para viciados e procurados pela polícia. O imbróglio é objeto de pelo menos uma ocorrência policial e uma ação na justiça.

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Edifício Macedo Costa
O tradicional edifício Macedo Costa sofre com a presença de um suspeito de diversos crimes, que ameaça moradores, e transforma a vida de todos em um inferno.

A Rua Paissandu, no bairro do Flamengo, é conhecida como uma rua pacata, ladeada por palmeiras imperiais plantadas por ordem do Imperador Dom Pedro II, e por seus edifícios bucólicos, arborizados, cujos apartamentos abrigam muitos idosos e casais jovens que buscam a calmaria característica do logradouro, que era o caminho original até o Palácio Guanabara, antiga residência da princesa Isabel.

Na rua, um dos destaques é o edifício Macedo Costa, no número 228 da Paissandu, entre as ruas Senador Correia e Paulo VI. Localizado em centro de terreno, cercado de um jardim agradável, o prédio é tradicional reduto de classe média, com seus amplos apartamentos de dois e três quartos que têm em média 100 metros quadrados. Mas a paz dos moradores do pacífico edifício Macedo Costa foi colocada em xeque, quando, há mais de dois anos, um apartamento pertencente a uma senhora falecida foi ocupado por Felipe Costa de Oliveira, egresso do sistema prisional.

Felipe é ex-companheiro de uma antiga inquilina da senhora falecida, e, com a saída dela do imóvel, tomou o mesmo para si. O Diário do Rio conversou com alguns moradores e todos têm medo de identificar-se. Segundo J., vizinho do imóvel, Felipe é suspeito de traficar drogas nas imediações, e atuaria na Praça São Salvador. Segundo averiguamos com a administradora do imóvel, o Condomínio chegou a multar o espólio da proprietária, durante vários meses, em mais de 5 mil reais por mês, pela conduta de Felipe, que ameaçaria moradores e funcionários do edifício, realizaria eventos (mesmo durante a pandemia) com distribuição de entorpecentes, além de ter depredado o apartamento.

Para D., outra moradora, a situação está insustentável. “Já fizeram Boletim de ocorrência contra ele, e nada é feito. Inclusive, o mesmo não paga a conta de luz, que foi cortada. Mas realizou um gato de energia e ameaça matar quem denuncia-lo às autoridades“. Outra moradora diz desconhecer a ligação irregular.

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Ainda segundo D., a síndica do prédio teria medo de tocar os processos contra o ocupante ilegal do apartamento, pois já teria sido ameaçada por Felipe. “A síndica preferiu brigar com a dona do imóvel, mas a mesma há ingressou há mais de um ano com ação para retirá-lo da propriedade“, complementa.

Conversamos com Wilton Alves, da administradora que é responsável pelo apartamento. “Todas as ações que poderiam ser tomadas contra o ex-companheiro da inquilina inadimplente já foram tomadas. Corre um processo na justiça para despejar o ex-companheiro que permaneceu irregularmente no imóvel, distribuído pela 42ª Vara Cível. Não há mais nada que possamos fazer, pois os supostos crimes cometidos por ele não foram presenciados por nós, e sim pelos condôminos, que parecem ter medo de levar adiante o problema, gerando uma pressão em cima da administradora, que já tomou atitude que podería tomar, e estamos arcando com o condomínio, que ele não paga, e com o IPTU, enquando dura a ocupação irregular dele“. O prejuízo material mais grave seria o da proprietária: “Tivemos acesso a fotografias que mostram o apartamento totalmente destruído, depredado, e as obras para recolocá-lo nas condições originais superam os 200 mil reais“, finaliza o administrador.

Segundo moradores, são vividos momentos de terror, com a presença de Felipe no edifício. Além das festas, barulhos, ameaças, ele alugaria quartos para outros egressos e criou uma espécie de pensão no apartamento, que seria frequentada por outros dependentes químicos. Sem contar o entra e sai de jovens, que sobem e descem com dinheiro na mão como se fossem adquirir alguma coisa. “O odor que o apartamento exala às vezes é insuportável“, disse J.

A situação já perduraria há muito mais de um ano, e nada indica que terá solução. “Vivemos sob ameaça constante, eu estou pensando em vender meu apartamento e sair daqui“, comentou conosco G., outra moradora preocupada.

Atualização 2/5/2021

Após a publicação da reportagem, diversos comentários nas redes sociais corroboraram, total ou parcialmente, os fatos narrados pelos moradores, até mesmo dentre os poucos que apareceram para defender o suspeito, que, segundo uma de suas defensoras, “não é nenhum santo, e o bairro todo sabe disso“. A matéria gerou acaloradas discussões, e a redação recebeu uma carta da síndica do edifício, ‘exigindo’ sua retirada do ar, o que, em nome da liberdade de imprensa, não pudemos atender, até mesmo por termos recebido fartas evidências do problema pelo qual passa o edifício.

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28 COMENTÁRIOS

  1. Eu queria muito te ver na rua pra te encher de tapa na cara pra você ver que tem muito morador na favela melhor que você. Eu sou da favela sim e sobrevivo nessa selva de concreto do jeito que dá. Agora vem dizer pra postar alguma coisa no “jornal da favela” na minha cara pra tu ver se não faço tu engolir os dentes. Rua João De Lery 68 cá 204. Bota a cara otário!

  2. Poderiam ter deixado exposta às redes sociais dele… Não encontrei o mesmo pelo nome.
    Para poder fazer uma visita a ele… Só uma visitinhas de boa…

  3. Por isso me mudei pra São Paulo e estou muito bem aqui, o Rio de janeiro virou terra sem lei, não existe ordem tudo está uma tremenda bagunça e os próprios cariocas fortalecem isso…

  4. Moradores de comunidades (kkkk) e filhotes do vigarista de 9 dedos, abstenham-se de comentar. Vocês não tem capacidade para entender esta situação pois vivem em imóveis irregulares que furtam luz e sinal de tv a cabo ! Portanto, mantenham suas bocas podres fechadas porque mesmo calados vocês estão errados. Vão postar suas asneiras no jornal da favela, este sim adequado para a escumalha !

    • Eu queria muito te ver na rua pra te encher de tapa na cara pra você ver que tem muito morador na favela melhor que você. Eu sou da favela sim e sobrevivo nessa selva de concreto do jeito que dá. Agora vem dizer pra postar alguma coisa no “jornal da favela” na minha cara pra tu ver se não faço tu engolir os dentes. Rua João De Lery 68 cá 204. Bota a cara otário!

  5. Essa história está muito mal contada. Como uma imobiliária ia deixar isto acontecer, ficar mais de um ano sem receber aluguel? Afinal a proprietária está morta ou viva? Quem tirou as fotos do apartamento depredados aos quais tiveram acesso para deduzir que as obras custaram mais de 200 mil? Pelo endereço é pelos relatos fico me perguntando se não seria puro preconceito das famílias de BEM…Se isso realmente estiver acontecendo porque as famílias de bem Não acionaram seus conhecidos na polícia, justiça ou política?

  6. Isto está tão comum no Brasil inteiro. Em Sp, predios e mais mais predios estão verdadeiros cortiços, hoteis inteiros foram invadidos, predios funcionam sem luz e agua tudo a base do gato, tudo invadidos, e sem dizer que andandando por centro de bairros centrais de sp, você tropeça com mendigos bandidos cracudos e famlias inteiras ao léo da sorte. E nem por isso dizem: sp, o,último apaga a luz. Se é que não terá ultimo, todos ja se acabaram, o Rio nunca esteve sozinho, o resto sim , ninguem mostra.

  7. Se o que a matéria diz tiver fundamento é um absurdo que o poder público não tome uma providência. O que não é de se espantar se tb não fizer o rj está tão esculachado que nada me surpreende, e digo mais se bobear ainda vão ter que indenizar o cidadão.

  8. Será mesmo marginal? Essa história está mal contada. Acho fruto de preconceito, só isso.
    Porém, se ele mora no imóvel sem pagar há um ano, precisa ser despejado. Mas, isso é problema dele com a proprietária.
    E, realmente, 200 mil para obras em um apto de 100 metros quadrados é delirante.

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