Moradores de Santa Teresa reclamam do barulho de novo restaurante

O novo bar/restaurante é um sucesso e o imóvel, agora com a fachada restaurada, pertence ao ex-jornaleiro conhecido como “Sr. Souza”, que protagonizou a polêmica da retirada da banca no Largo do Guimarães. Defendido como jornaleiro, agora é atacado como senhorio, na volúvel comunidade de defensores do suposto patrimônio afetivo local.

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Um imóvel que ficou fechado por muitos anos, onde por décadas funcionou o açougue do Largo do Guimarães, passou por um restauro de fachada e por uma obra interna. Antes todo pichado, agora sua fachada em cantarias e azulejos de inspiração portuguesa, voltou a conquistar o coração dos amantes da Montmartre Carioca….e a sofrer as críticas de sempre de alguns moradores do bairro, que parecem rejeitar o progresso que salvou regiões inteiras das maiores capitais do mundo, de Salvador à Antuérpia, com a revitalização de áreas antes degradadas. Atualmente, é o “Cadê Teresa”, animado estabelecimento gastronômico.

O perfil “Desordem Santa Teresa” tem publicado seguidamente imagens do bar lotado, reclamando da suposta desordem causada por ele. “Bagunça atrás de bagunça, aqui em st tem alguém de Prefeitura do Rio de Janeiro? Ou algum representante? AMAST – Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa?” postou o perfil, em um grupo de moradores do bairro. Em Santa Teresa, um pequeno e barulhento grupo de moradores reclama de todo e qualquer empreendimento de sucesso; desde o Hotel Santa Teresa até o Armazém São Joaquim, é comum reclamar do progresso e de quem investe no bairro, restaurando imóveis em ruínas e valorizando o patrimônio histórico.

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O sucesso do empreendimento que surgiu no local onde funcionava o antigo açougue tem levado muita boemia ao estabelecimento, que fica ao lado do Armazém São Joaquim e pertinho do Portella Bar. / Foto: Grupos de Facebook

É que, após a obra, reabriu como um bar / restaurante. Bem simples por dentro, mas com um belo quintalzinho lateral, logo conquistou os boêmios frequentadores do bairro, que agora, em peso, se reúnem na sua frente para uma birita e um petisco bem cariocas. O proprietário do imóvel, que está alugado ao bar, é ninguém menos que o Sr. Souza, conhecido comerciante local e que ultimamente ganhou os holofotes pela retirada da banca de jornal irregular do Largo, da qual era autorizatário, embora tivesse sublocado a outra pessoa. Souza, cuja banca teve sua autorização cassada por conta de irregularidades, chegou a ser defendido na Câmara Municipal pelo vereador Chico Alencar, que ignorava, certamente, que o ex-jornaleiro fora notificado diversas vezes do que estava acontecendo, num processo que se arrastava há 2 anos.

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Agora na Berlinda, o ex-jornaleiro Sr. Souza, antes defendido como pobre comerciante alijado de sua banca irregular, mas agora alvo de críticas pela suposta barulheira causada pelo inquilino de imóvel de sua propriedade no Largo do Guimarães. Souza é dono do imóvel comercial onde funcionava o antigo açougue, agora um badalado bar, muito querido pelos boêmios da região. Fica ao lado do Armazém São Joaquim e valeria mais de 1 milhão de reais, segundo especialistas. / foto: grupos de Facebook

Recentemente um protesto no Largo do Guimarães juntou cerca de 10 (isso, dez) pessoas que protestavam contra a retirada da imensa banca de jornal irregular que destruía a paisagem histórica do Largo, e que infringia pelo menos 8 normas da lei das Bancas de Jornal. No protesto, o Sr. Souza foi apresentado como um pobre comerciante, embora seja senhorio de um imóvel de importância grande para o bairro: o antigo açougue, avaliado por corretores locais em cerca de 1 milhão de reais, e que agora suscita as mesmas crîticas que uma pequena parte da comunidade local comumente fazem contra o desenvolvimento econômico daquela região, que depende do turismo e de eventos para manter-se progredindo.

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Segundo Luís Paulo, inquilino que opera o bem sucedido restaurante, o suposto “barulho” “é um samba APENAS aos sábados das 15:30 as 19:30”, ou seja, a emissão de sons mais altos terminaria antes mesmo do início do horário do silêncio. Numa mensagem esclarecedora que enviou a um grupo de comerciantes, o restaurateur foi além, e festejou a revitalização da região: “realmente esse imóvel ficou muitos anos fechado, “o açougue do Souza” encerrou suas atividades no ano de 1998, após um incêndio na sua parte interna. Foram mais de 20 anos fechado, sofrendo depreciações pelo desuso, depredações por parte do vandalismo, até que um dia, depois de muita insistência, conseguimos alugar esse espaço maravilhoso, bem no coração do Largo do Guimarães. Foram 7 meses ininterruptos de obras durante o temeroso período de pandemia, mas, com muita garra, força e união, contando c a mão de obra local, conseguimos recuperar esse patrimônio histórico que compõe o conjunto do casario charmoso local. Hoje, somos perseguidos por um número pequeno, barulhento, invejoso e recalcado de moradores que acham que ainda dá pra viver em Santa Teresa como se vivia na década de 70. Em pouco mais de 2 anos, o Largo do Guimarães recebeu uma revolucionária recuperação: A farmácia foi instalada para a alegria de todos no belo imóvel da família do sr. Ramalhoto, o Armazém São Joaquim teve seu imóvel que se encontrava em ruínas e oferecendo riscos aos transeuntes completamente restaurado, e por fim, o “Cadê Teresa“ reabriu as portas no antigo açougue do Souza.”

Para o internauta e morador local Alexandre Reimão, é difícil entender o que os que protestam contra o comércio querem. “Não entendo este moradores daqui. Na parte do Bar do Mineiro fica bem pior tem dia q vc não consegue andar com o carro.. O que será que o morador quer. Vamos fechar tudo , Não ter nada no bairro, é isso? Não gerar empregos? Juro não entender!”. Jean Barroso vai além, com aparente ironia: “O bom mesmo seria abrir um monte de farmácia no bairro para os milicianos e bicheiros poderem lavar seu dinheiro em paz.”

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24 COMENTÁRIOS

  1. Materia super tendenciosa que defende o lucro sem nenhum escrúpulo. A questão não é progresso, barulho e poluição sonora não é progresso, em qualquer parte do mundo como Antuerpia, Paris, Londres, Madri, existem milhares de bares e locais boemios mas a questão é que tem a lei do silencio que é respeitada e imposta aos comeciantes ao contrario do que se observa em Santa teresa onde é notoriamente documentada a degradação do largo dos guimaraes e da rua Paschoal carlos magno onde os restaurantes botam simplesmente caixas de som na calçada ou musica super alta com apenas uma finalidade: ganhar mais dinheiro a custa de tornar a vida dos vizinhos quase insuportavel… Estes donos de restaurantes como os que influenciam esta materia parecem pousar de cidadãos empreendedores, salvadores de Santa Teresa… É puro capitalismo selvagem e zero engajamento social… mas as coisas não duram para sempre e quem viver verá a decadência destes estabelecimentos que promovem a desordem sonora e urbana pois cada vez mais as pessoas tem mais consciência crítica em relação a qualquer poluição e degradação do ambiente… Em breve serão enquadrados não pela lei do silêncio mas pelo cancelamento dos fregueses que vão poder escolher entre bares que poluem e degradam o ambiente e os bares que respeitam as regras de convivência hamônica em uma sociedade.

  2. Matéria paga, tendenciosa.

    Poderia ter duas pessoas reclamando de poluição sonora, já seria suficiente.

    A Lei 9605/98 artigo 54 é apoiada pela Resolução CONAMA 01 e 02 apoiada nas normas técnicas ABNT NBR 10151 e 10152

    Não menciona quantidade mínima de reclamantes para crime ambiental.

    Só faltava essa, o editor da matéria paga, tendencioso criar uma Jurisprudência, onde necessita de mais de 10 reclamantes para comprovar um crime.

    Antes de ser apagada esse comentário, irei salva-lo, encaminharei as vítimas de Violência sonora de Santa Teresa, inclusive as orientarei para fazerem abaixo assinado e encaminharem com toda Materialidade possível em áudio e video e com testemunhas contra esse “progresso” em Santa Teresa.

    Progresso é um local desses ter conforto acústico e não incomodar ou pertuebar o sossego e o sono da vizinhança.

    Editor tendencioso, apoie isso, ao invés de apoiar crime ambiental e perturbação do sossego.

    LCP 3688/41 ART 42

    Também não menciona quantidade mínima de vítimas.

    Poluição Sonora em nome.do “Progresso do Poder econômico” de um único empresário e alguns poucos empregos.

    Não tem como lutar contra o ouvido humano e o sono fisiológico.

    Ou se adequa, ou fecha.

  3. Um “jornal” cujo o dono é uma corretora de imóveis… só poderia fazer uma matéria assim.

    Uma pergunta: se fala em progresso. Progresso pra quem?

  4. Sem falar na ocupação das calçadas, o transeunte em Santa Teresa corre o risco de ser atropelado a qualquer momento, não existe fiscalização do limite de velocidade de carros, motos que passam se espremendo nas poucas calçadas do bairro. A falta de acessibilidade também é algo que chama muita atenção.

  5. Diversão faz muito bem à alma, mas respeito também.
    Amo música ao vivo, bate-papo e alegria, mas não resido próxima a qualquer local que ofereça isto pois não suportaria o barulho.
    Como poderiam chegar a um consenso, a um equilíbrio ?
    ” A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte.”
    Desejo que tudo termine bem para ambos, comércio e moradores.
    E viva Santa Teresa !

    • Basta um prejudicado para se caracterizar a poluição sonora. Poluição sonora reiterada deveria ser crime inafiançável, pois atenta contra saúde e a dignidade humana.

  6. O que esses moradores querem?! Sossego, paz, tranquilidade. Simples assim! Nasci em St. Teresa e morei até os 22 anos. Era um bairro bucólico, tranquilo e agradável. Tipo bairro residencial mesmo! Entendo perfeitamente a reclamação dos moradores. E apenas para esclarecer, a Lei do Silêncio citada na reportagem altamente tendenciosa mudou já faz tempo. Ela consiste em não ultrapassar um número X de decibéis em qq horário, assim como garantir que os moradores sejam emportundos em suas próprias casas, afinal, se não se pode ter paz em nosso lar, onde mais teremos?

  7. O carioca vai uma, duas vezes três vezes depois enjoa e vai a outro novo ponit deixem o progresso chegar o dinheiro tem que circular já já o povo fica dentro do restaurante e pronto. Ah e eu vou dar uma passada aí pra tomar uma em breve.

  8. Achei bastante tendenciosa a matéria onde se menciona o jornaleiro e o imóvel. Então não se pode trabalhar honestamente e ter um imóvel? O certo é sentar no banco do largo e ficar o dia todo falando dos outros? rs

    Ao lado do bar que foi mencionado onde o som ao vivo acontece aos sábados à tarde tem músicas outros dias da semana, será que somente o mencionado incomoda? Muita hipocrisia em uma matéria só.

  9. Morar em Santa Teresa é bem complicado. Essa matéria me chateou, eu nem sou uma dessas pessoas incomodadas com os novos bares, mas achei essa matéria desrespeitosa. Sugiro que também escreva uma sobre as dificuldades de morar aqui, nós tinhamos 3 linhas de ônibus, a 007-006 e 014, atualmente a 006 e 014 são extremamente raras, o que faz com que a 007 tenha superlotação o dia inteiro, fora que demora muito pra passar um ônibus. Ainda tem os problemas com buracos nas ruas, faltas de luz constantes e etc, o que eu quero dizer com isso é que a qualidade de vida aqui está piorando muito, o dia a dia é super estressante e quando a pessoa está em casa e quer descansar, ainda tem que aturar perturbação.

  10. Só quem mora perto de um bar barulhento sabe o quanto é horrível.
    Atenção prefeitura do Rio de Janeiro e policial militar , já está mais do que na hora de acabar com esse desrespeito de som alto e baderna nos bairros. Som alto tira a paz e a saúde das pessoas . Isso é um crime.

  11. Normalmente quem não reclama de barulho de bares, botequins e restaurantes mora longe deles e não escuta nada. Ou então vai para casa de cara cheia e dorme profundamente por causa da bebida. Tem um debaixo do meu prédio que em plena terça-feira desligou o som bem alto ás 3 hs da manhã. Esse povo não trabalha? Parece tudo filhinho de papai pq eu só vejo carrão estacionado aqui embaixo. E durante o dia ele não abre, só à noite.

  12. Só quem mora perto de bares, botecos e restaurantes barulhentos sabe como isso é horrível. Eu moro perto de 3 botecos que incomodam, colocam música alto e não deixam ninguém dormir. Minha tv tenho que colocar no último volume senão não escuto nada. Tomei horror de barulho. Há anos que aguento isso e a prefeitura não faz nada. Não sei se esse lugar coloca música, mas além da música são cadeiras e mesas nas calçadas, nas ruas, churrasqueiras. Não iria hoje em dia em uma churrascaria por causa do cheiro. Além disso todo mundo enche a cara e fica falando aos berros que parece que eles estão dentro da minha casa. Alguém já viu bêbado falar baixo? Acho que esses lugares tinham que ter proteção acústica. Na Lapa é a mesma coisa, todo mundo reclama do barulho.

  13. Bares também são usados por milicianos e bicheiros para lavar dinheiro. Aliás, muito mais do que farmácias. Se os moradores reclamam, é porque o barulho está incomodando. Sugiro ao colunista ser mais imparcial e sensível à realidade de quem mora no bairro e se sente prejudicado, em vez de bajular o poder econômico.

  14. Ter o local revitalizado para o bairro é uma boa, porém a empatia com os moradores tem que vir junto. Pois conviver com barulho e talvez som alto, incomoda o sossego. E perturbação do sossego a qualquer horário está na lei das contravenções penais. O limite de um termina onde começa o do outro.

  15. Pensei a mesma coisa. Sta Tereza ta largada às baratas e aos invasores de casas. Eles tem que botar as mãos pro céu por alguem ter investido la…

  16. Engraçado, povo mais velho zoou, fez de tudo e agora fica nessa hipocrisia? Preferem ver Santa Teresa tendo constantes assaltos? Po, decidam se e parem de ser egoístas, seu tempo passou agora abra alas para outro. Ridículo reclamar de tudo de progresso q acontece ali

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