Moradores de Teresópolis reclamam dos problemas de conservação da RJ-130

Os condutores que precisam passar pela “Terê-Fri” têm que ter cuidado redobrado ao trafegar pelas suas sinuosas e mal sinalizadas curvas

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Asfalto em péssimas condições em um trecho da RJ-130, na altura de Teresópolis / Foto: Pedro Werneck

Quem gosta de frequentar a região Serrana do Rio de Janeiro, conhece muito as deslumbrantes paisagens que levam às cidades locais. Os condutores que visitam ou moram nos municípios de Teresópolis e Friburgo sabem que por trás de tanta beleza há também riscos a serem enfrentados e eles estão nas vias de acesso aos município.

Esse é o caso da estrada RJ-130, que liga Teresópolis à Nova Friburgo, uma importante via de escoamento da produção de verduras dos produtores locais, que está em estado de completo abandono. Os condutores que precisam pegar a “Terê-Fri”, como é carinhosamente tratada, têm que ter cuidado redobrado ao trafegar pelas suas sinuosas e mal sinalizadas curvas. Eles enfrentam ainda um verdadeiro rally provocado por buracos e irregularidades no asfalto.

A estrada tem grande importância para o turismo da região, uma vez que é rota de chegada a pontos de grande visitação, como a Cachoeira dos Frades, a Cachoeira da Campanha, o Vale de Bonsucesso, entre outros atrativos regionais.

Em fevereiro deste ano, o presidente do Departamento de Estradas de Rodagem, Herbert Marques, juntamente com autoridades de Teresópolis, estiveram na RJ-130 para fiscalizar as obras em andamento na via. Na visita, foram verificadas algumas falhas de execução, como a não construção de acostamentos na estrada. Marques destacou que o problema será solucionado através de um aditivo acrescido ao contrato de licitação. Ele ressaltou ainda que o governador Cláudio Castro (PL) está empenhado para que as obras saiam com celeridade e qualidade para o uso dos motoristas.

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“Se a empresa não cumprir o contratado, será substituída, naturalmente, porque o que importa para o governador é o serviço bem feito, como contratado. E, bom, que as críticas vieram no início, permitindo se corrigir logo os erros, porque o que determina o rumo desse trabalho que demorará um ano é essa correção no tempo certo”, disse o presidente do DER ao Diário de Teresópolis.

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O produtor rural, Pedro Werneck, diante de
máquinas paradas na RJ-130 / Foto: Gina Werneck

O produtor rural e administrador Pedro Werneck, que é usuário frequente da RJ-130, destaca a sua importância para as economias de Teresópolis e Friburgo, e também para a economia do Estado. Ele sinaliza ainda que a licitação da via, orçada em mais de R$ 62 milhões, não contempla os acostamentos que devem ser construídos para torna-las mais segura para tráfego de motoristas e cargas.

“A RJ-130 corta o maior polo produtor de verduras do estado, sendo que grande parte da produção do Ceasa é oriunda dessa região. Os produtores locais são, portanto, de grande importância para a economia local e estadual. A conservação da estrada é ruim e vem se deteriorando há muito tempo, estando em situação de abandono. Há alguns meses foi feita uma licitação para a reforma da via. No dia do lançamento, havia todo tipo de político e assessor para participar do início das obras. Depois, as coisas seguiram à passos de tartaruga. A estrada continua abandonada. As placas de sinalização são de difícil visibilidade. As lixeiras à beira da entrada não existem mais e o descarte dos resíduos é feito em qualquer lugar”, afirmou o produtor rural.

Pedro Werneck critica ainda o custo de restauração da via, mais de R$ 62 milhões, para serem investidos em seus 68 km de extensão. Para ele, as obras estão andando de forma lenta diante da importância da estrada e das atividades através delas desenvolvidas.

“A estrada tem 68 km e foi licitada em mais de R$ 62 milhões. Isso dá quase R$ 1 milhão por quilômetro, numa situação muito precária, uma vez que a construção de acostamentos não está prevista na licitação realizada, além disso o material utilizado na reforma da via é de péssima qualidade. Não precisa ser especialista para saber que essa pavimentação não dura muito tempo. Até agora só foram pavimentados 8km, sendo que em boa parte do tempo, as máquinas ficam paradas. O estado do Rio de Janeiro continua sendo o mesmo no que diz respeito às licitações problemáticas. Não é à toa que tivemos 5 governadores com problemas com a Justiça,” finalizou Pedro Werneck.

As obras de reforma da RJ-130 tiveram início em 24 de janeiro de 2022 estão orçadas R$ 62.713.516,95. No planejamento do Departamento de Estradas de Rodagem estão previstas obras de pavimentação e drenagem e recomposição da pista, além de recuperação de meio-fio, com a recomposição das defensas e guarda-corpo das pontes.

Com informações do Diário de Teresópolis.

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1 COMENTÁRIO

  1. É inacreditável como o dinheiro rola souto na mão desses políticos. Mais uma vez vemos descasos com obras públicas, que deveriam sair do papel. Isso é dinheiro indo pelo ralo(bolso) desses calhordas. Se o povo não cobrar sério e não impuser direitos essa obra não sai e eles ficam com o dinheiro. O povo tem que parar de ficar só olhando os cara roubar dinheiro público e ficar por isso mesmo, esse dinheiro é do povo, é dinheiro público que tem que ser investido onde tem que se investir, que é o caso dessa estrada. Se o povo se calar, já perdeu. Tem que se cobrar a todo momento sem trégua.

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