Morar no centro do Rio é tendência entre os jovens

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Foto: Reprodução Internet

Viver na região central das grandes cidades do mundo é muito comum. Embora sejam, no geral, regiões empresariais, essas áreas também têm muitas residências. No Rio de Janeiro não é diferente. E a cada dia que passa, essa tendência (que não é nova) cresce por aqui – sobretudo entre os jovens.

O estilo de vida dinâmico e intenso das pessoas mais novas, que sempre estão na “correria” cotidiana, combina com o centro das grandes cidades. Morar perto do trabalho, das regiões boêmias, dos mais equipados modais de transporte são atrativos.

No centro do Rio, especificamente, há o VLT e a operação de segurança Centro Presente, dois serviços públicos que motivam mudanças para a região.

“O jovem gosta de estar em um local em que ele possa fazer tudo: trabalhar, praticar exercícios e se divertir. E o Centro oferece tudo isso”, afirma Jomar Monnerat, gestor do Opportunity Fundo de Investimento Imobiliário.

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As opções de aparelhos culturais próximos de casa e a facilidade de se deslocar a pé ou de bicicleta também chamam a atenção para quem quer morar no centro.

“Há uma série de forças direcionando os grandes centros urbanos para habitações menores e com serviços compartilhados, a exemplo do centro do Rio. A carência de áreas disponíveis para grandes projetos, o alto custo da habitação nas áreas mais adensadas, a busca por uma melhor qualidade de vida, com a fuga do estresse dos deslocamentos longos e demorados e a proximidade a trabalho, serviços e lazer. Além disso há um novo público chegando ao mercado de consumo, os Milleniuns (1982 a 1986) e a geração Z (1996/2009), mais antenados, descolados, solteiros por mais tempo e com expectativa de redução do número de filhos enquanto famílias, sem considerar o aumento da participação dos solteiros e divorciados frente aos casados. Tudo isto direciona a menores espaços, tecnologia embarcada, coworking, cohousing e coliving. Esta é uma realidade já presente em outras capitais do mundo, vem forte em São Paulo há alguns anos e está desembarcando no Rio”, conta Josué Madeira, da Brasil Brokers Enjoy.

Seguindo esse fluxo, muitos empreendimentos estão em conexão com a ideia. O Hub CoLiving, da Rua das Marrecas, é um deles. O Hub é um edifício residencial com apartamentos studios modernos e aconchegantes, que são entregues com armários planejados. O prédio tem uma área de convivência integrada com serviços exclusivos como fitness, lounge gourmet, movie room, piscina ampla e integrada com espaço de churrasqueira, coworking, entre outros.

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Studio Hub

“É um estilo de vida para quem busca mais qualidade de vida, evitando assim gastar menos tempo no trânsito por morar mais perto do trabalho. A pessoa quer mais praticidade e facilidade no deslocamento. Morar no Centro permite estar conectado a todas as regiões pela proximidade com o metrô”, afirma Monnerat.

Os espaços compartilhados, de convivência, são um complemento. Como as pessoas passam cada vez menos tempo em suas casas, essas áreas servem como elo entre a rua e o lar, propriamente dito. Além de servirem como oportunidades de negócios ou projetos pessoais, uma vez que a estrutura de coworking mesclada à de lazer possibilitam isso.

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Espaço multiuso

A vida veloz, impulsionada pelos aplicativos para pedir comida, transporte, entre outras necessidades, casa perfeitamente com a rotina do centro da cidade do Rio de Janeiro. Contudo, morar no centro não é uma novidade.

Um anúncio da Sérgio Castro Imóveis, dos anos 1940, já tinha como mote chamar as pessoas para morar no centro do Rio de Janeiro.

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O anuncio da Sérgio Castro dos anos 1940

“Antes, morava na Zona Norte, em Marechal Hermes, que é um bairro de passagem. A qualidade de vida e as opções de lazer melhoraram muito. Eu vinha para o Centro todos os dias para trabalhar e, muitas vezes, para me divertir nos finais de semana, de dia em centros culturais ou à noite, em bares e festas. Agora, está tudo aqui, pertinho de mim. E tenho visto cada vez mais gente nas ruas daqui. Isso é ótimo”, destaca Taíse Manes.

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Taíse em frente à Rio Star, na Zona Portuária

A ideia de morar no centro da cidade do Rio é defendida por arquitetos e urbanistas. Washington Fajardo é um deles: “A cidade coerente com as necessidades do século XXI é, sobretudo, aquela que tem vida no Centro. Este é um enorme desafio para os cariocas: reocupar os vazios de sua área central, readensando-o, dotando-o de uma boa infraestrutura de transportes, permitindo-se que as pessoas se apropriem de um lugar que tem grande valor cultural. O que é especialmente desafiador, agora, é dar qualidade aos espaços públicos e fomentar as moradias. É fazer, a partir do Centro, uma cidade de baixo carbono”, disse.

Contudo, sempre há o que melhorar. E para Jomar Monnerat, o Centro necessita de certa renovação. “Elas precisam ser mais adaptadas a esse novo estilo de praticidade e de serviço. Deveriam ter mais construções no Centro. As incorporadoras deveriam investir em áreas que são bem localizadas e que ofereçam serviços. Isso faz com que a região renasça. O Centro oferece uma infraestrutura completa e precisa ser renovado não só durante o dia como à noite e nos finais de semana. Esse movimento já começa a acontecer na região, mas ainda é preciso investir mais”.

Apesar disso, é indiscutível que morar no centro é cool e está na moda, em alta. Motivos para isso não faltam.

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