Morreu na madrugada desta terça-feira (28/01) a escritora Marina Colasanti, de 87 anos. Autora de mais de 70 obras para crianças e adultos, ela ganhou nove vezes o prêmio Jabuti. A causa da morte ainda não foi divulgada. O velório será no Parque Lage, onde a escritora morou de 1948 a 1956. A cerimônia restrita a familiares e amigos acontece das 9h às 12h desta quarta-feira (29/01).
Além de autora de poesias, contos, literatura infantil e infanto-juvenil, era também jornalista e tradutora.
Em 2023, Marina se tornou a 10ª mulher a conquistar o cobiçado Prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras e considerado um dos principais prêmios literários do país.
Marina Colasanti nasceu em 26 de setembro de 1937, na cidade de Asmara, capital da Eritreia. Passou parte da infância em Trípoli, na Líbia e na Itália. Por conta da difícil situação vivida na Europa após a Segunda Guerra Mundial, Colasanti e sua família emigram para o Brasil em 1948, fixando residência no Rio de Janeiro. O primeiro livro foi escrito em 1968.
Eu Sozinha (1968), Nada de Manga (1975), Zoológico (1975), A Morada do Ser (1978), Uma Ideia Toda Azul (1978), Doze Reis e a Moça no Labirinto do Vento (1978), A Menina Arco-Íris (1984), O Lobo e o Carneiro no Sonho da Menina (1985), E Por Falar em Amor (1985), O Verde Brilha no Poço (1986), Contos de Amor Rasgado (1986), Um Amigo Para Sempre (1988), O Menino Que Achou Uma Estrela (1988), Cada Bicho Seu Capricho (1992), Um Amor Sem Palavras (1995), Longe Como o Meu Querer (1997), Gargantas Abertas (1998), Fragatas Para Terras Distantes (2004), Uma Estrada Junto ao Rio (2005), Passageira em Trânsito (2010), Hora de Alimentar Serpentes (2013), Como Uma Carta de Amor (2014), Melhores Crônicas – Marina Colasanti (2016) e Tudo Tem Princípio e Fim (2017) são alguns dos títulos entre as muitas obras da escritora.
Marina era casada com o poeta Affonso Romano de Sant’Anna e deixa uma filha, a atriz, roteirista e diretora Alessandra Colasanti, e um neto.