Na madrugada desta terça-feira (15/02), o cineasta, cronista e jornalista Arnaldo Jabor, de 81 anos, morreu em São Paulo. Ele estava internado desde dezembro do ano passado no Hospital Sírio-Libanês. Ele havia sido hospitalizado após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).
De acordo com a família, ele faleceu por volta da meia-noite, em decorrência de complicações causadas pelo AVC.
Nascido no Rio de Janeiro em 12 de dezembro de 1940, Jabor ficou conhecido inicialmente por seus longa-metragens de sucesso nos cinemas nacionais nos anos 1970 e 80. Dentre as produções mais famosas do diretor estão o documentário Opinião Pública, de 1967, os longas Toda Nudez Será Castigada, de 1973, e O Casamento, de 1975, ambos adaptados de obras do escritor Nelson Rodrigues.
Outra obra de Jabor que fez história foi o filme Eu Sei Que Vou Te Amar, de 1986, com uma jovem Fernanda Torres no elenco e indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes. Seu último trabalho no cinema, A Suprema Felicidade, foi lançado em 2010.
A migração do Jabor diretor para o jornalismo aconteceu a partir da década de 1990, em decorrência do sucateamento do cinema nacional na época do governo de Fernando Collor de Mello. No final de 1995, ele se tornou colunista do jornal O Globo, e mais tarde passou a fazer parte de grandes programas da Rede Globo como o Jornal Nacional, Jornal da Globo, Bom Dia Brasil, Jornal Hoje, Fantástico e da Rádio CBN. Ele também publicou livros como Pornopolítica, em 2006, Amigos Ouvintes, em 2007 e O Malabarista, em 2014.
Arnaldo Jabor deixa três filhos: João Pedro, Juliana e Carolina Jabor, que é cineasta como o pai.