As três faixas de rolamento da Estrada das Canárias, importante via alternativa à Estrada do Galeão, foi reduzida a quase uma única faixa em alguns pontos, por conta da construção desordenada de casas irregulares, prédios e estabelecimentos comerciais.
A situação tem causado preocupação aos moradores da Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, não só pelo estrangulamento do trânsito, mas também por conta da criminalidade, principalmente à noite.
Com a execução da 5ª fase das obras da Light, que se estenderão até a Avenida 20 de Janeiro, a Canárias deveria representar uma alternativa de trânsito na principal via de saída e acesso da Ilha. Mas não é isso o que acontece.
Segundo o Ilha News, a via alternativa, que passa por territórios controlados por facções criminosas rivais, representa um grande risco para a população.
Escura, esburacada e estreita em trechos próximos a Clínica da Família Assis Valente, em uma das entradas da Vila Joaniza, passar pela via é extremante perigoso, o que leva motoristas a escolherem outras rotas com extensos engarrafamentos.
“É um terror. A insegurança é tão grande que, em alguns momentos, os motoristas acabam agindo de forma imprudente, ultrapassando os limites de velocidade. As curvas, o desnivelamento da pista e os buracos só aumentam o risco de acidentes. Eu não passo lá nem de dia e muito menos à noite. Do jeito que está não dá. É como costumo falar, quem ainda se arrisca passar, um dia vai acabar ficando numa enrascada. É certo. Não há segurança alguma”, relatou Claudio da Silva, motorista de aplicativo, ao Ilha Notícias.
De acordo com Claudio, falta iluminação pública, deficitária desde a instalação dos postes, em 2021, pelo projeto Luz Maravilha. Muitos dos refletores foram furtados, e pouco depois serem consertados são furtados novamente.
Ao veículo, Marcos Fonseca, morador do Moneró, reclamou da ausência de patrulhamento nas ruas para conter a presença e os furtos praticados por usuários de crack.
“Não adianta somente iluminar, porque sabemos que cracudos furtam e até mesmo há uma máfia disso no Rio, onde receptadores vendem essa iluminação mais barato. Tem que ser um planejamento em que consertem os postes e a polícia esteja presente com mais frequência na área de modo a evitar essa escuridão e essas ações”, disse Marcos.