Movimento As Águas Vão Rolar cobra ações da Prefeitura do Rio contra impactos climáticos no Carnaval do Rio

Mais de 20 blocos de Carnaval do Rio assinam carta à Prefeitura pedindo a criação de um Gabinete de Crise Climática, além de medidas como distribuição gratuita de água e flexibilização dos horários dos desfiles.

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Em meio ao aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como calor intenso e chuvas fortes, mais de 20 blocos de Carnaval do Rio de Janeiro se uniram ao movimento As Águas Vão Rolar para cobrar medidas da Prefeitura e dos órgãos responsáveis pela festa. A carta foi protocolada nesta terça-feira (27) e direcionada à Comissão Especial de Organização do Carnaval de Rua 2025, à Secretaria Municipal de Cultura, à Defesa Civil e à Secretaria Municipal de Saúde.

O documento alerta que o verão de 2025 pode registrar temperaturas acima da média, segundo previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA). O movimento defende que a Prefeitura implemente ações emergenciais para proteger milhões de foliões e trabalhadores que participam do Carnaval.

Entre as principais recomendações da carta, destacam-se:

  • Distribuição gratuita de água: garantir pontos de hidratação em grandes aglomerações, conforme prevê a Portaria nº 35/2023 do Ministério da Justiça.
  • Preços acessíveis para água: assegurar que a água mineral seja vendida a um preço mais baixo que bebidas alcoólicas.
  • Flexibilidade nos horários: permitir mudanças no horário de desfiles em caso de calor extremo ou chuvas fortes.
  • Adiamento em caso de calamidade: prever novas datas, como 15 e 16 de março, caso o Carnaval precise ser interrompido por emergências climáticas.
  • Infraestrutura de limpeza: reforço na limpeza pública e instalação de banheiros adequados, conforme determina o Decreto Rio nº 51.958/2023.
  • Gabinete de Crise Climática: criação de um comitê para monitoramento em tempo real das condições meteorológicas e resposta rápida a emergências.

“Estamos solicitando à Prefeitura soluções conectadas à adaptação climática. O Rio de Janeiro não é mais a cidade de 40 graus, agora está chegando aos 50, e isso precisa ser incorporado ao planejamento do Carnaval”, explica Maíra de Oliveira, diretora do Bloco Love Songs.

“A gestão de cultura e eventos precisa se atualizar. O prefeito deve garantir água livre e acessível para os foliões. Água é um direito”, enfatiza Jonaya de Castro, diretora do Instituto Lamparina.

A carta tem apoio da Coalizão pelo Clima no Rio de Janeiro e pode ser acessada na íntegra em: https://asaguasvaorolar.com.

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