MPF pede suspensão do autódromo do Rio de Janeiro

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Foto:Reprodução/Divulgação

Nesta segunda-feira, 20/05, o Ministério Público Federal (MPF) move ação civil pública, com pedido de liminar, para que o Município do Rio suspenda a licitação do novo autódromo da cidade.

O objeto da licitação é a contratação em regime de parceria público-privada, na modalidade concorrência para concessão administrativa, para a implantação, operação e manutenção do autódromo parque na região de Deodoro.

No pedido, o Ministério Público Federal requer a suspensão do processo até que seja apresentado e aprovado o Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) pelo órgão ambiental licenciador, e expedida licença prévia atestando a viabilidade ambiental do empreendimento Novo Autódromo do Rio de Janeiro, no local conhecido como Floresta de Camboatá, em Deodoro.

“A construção do autódromo na floresta de Camboatá, em Deodoro, é dada como certa pelo Poder Público nas três esferas de governo, ainda que não tenha sido elaborado Estudo de Impacto Ambiental para verificar a viabilidade do empreendimento e as alternativas locacionais”, destaca o procurador da República Renato Machado.

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De acordo com a Procuradoria, em sentença de setembro do ano passado, a Justiça já havia determinado que até a apresentação do Estudo de Impacto Ambiental, o Inea e o Estado do Rio se abstivessem de realizar qualquer interferência na área ambiental da Floresta de Camboatá – ação civil pública nº 010511-97.2014.4.02.5101).

Os terrenos também pertencem ao Exército Brasileiro e poderiam ser cedidos pela União ao Município para a construção do Autódromo, nos mesmos termos propostos para a Floresta de Camboatá. Ademais, a criação da Unidade de Conservação Municipal Floresta de Camboatá poderia ser uma das medidas compensatórias a serem implementadas pelos empreendedores”, argumenta Renato Machado.

Na ação, o procurador aponta duas áreas próximas à Floresta de Camboatá, onde seria possível conciliar a construção do Autódromo e a preservação ambiental.

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4 COMENTÁRIOS

  1. Um absurdo um procurador que ganha tão bem não se preocupar com a cidade do Rio de Janeiro que vive umas das piores crises econômicas de sua história…Quantas pessoas estão esperando as obras para poderem trabalhar…Quantos agentes do turismo não serão beneficiados? Com atitudes como essa que eu vejo que todos estão contra o nosso Rio de Janeiro!!!

  2. Fora a questão ambiental, a falta de tradição no automobilismo, com queda da audiência na Fórmula 1, também a questão da segurança pela proximidade com locais sob o domínio do tráfico e da milícia, vulnerável, portanto, a balas perdidas.

    Mais uma obra para desvio de dinheiro público.

    Só a população que não enxerga isso, ou não vê nisso nada demais quando o governo não é da esquerda.

    As obras da Copa e das Olimpíadas, como também no Panamericano, foram bilhões.

    Parece que esse prefeito e o governador estão querendo levantar um pé de meia considerando a reforma da previdência.

  3. Acho que o meio ambiente de Gragoatá deve ser preservado e este autódromo deve ser construído em outro lugar.

    Já chega de desmatar nossa cidade do Rio de Janeiro, para fazer favelas, barracos, casebres e, inclusive, autódromos !!! Por causa disso, deste bota-abaixo intermitente de nossas áreas verdes, nossa cidade está cada vez mais tórrida !

    Vide a Floresta da Tijuca que não me deixa mentir: está cheia de barracos escondidos pela mata afora !

  4. Um absurdo construir um autódromo em uma cidade que não tem nenhuma tradição em automobilismo, que relegou ao abandono a maioria dos equipamentos olímpicos e onde a coleta e tratamento de esgoto faltam para muitos.
    A construção e manutenção de um autódromo custa uma fortuna.
    Por outro lado, o MPF enche o saco com esse negocio de impacto ambiental, travou e trava inúmeras obras que poderiam beneficiar a cidade, como por exemplo a limpeza e dragagem das lagoas da Barra e Jacarepaguá.

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