Mudança em critérios de cobrança da Águas do Rio aumenta condomínio em 160%, no Centro

A conta de água e esgoto do Edifício Centro Rio, na rua Dom Gerardo, subiu de R$ 10.000,00 para R$ 137.000,00 por mês, ocasionando um possível aumento de 160% no valor das cotas condominiais no prédio. Problema vem se espalhando pelos edifícios comerciais

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
Funcionários da Águas do Rio pegos no flagra enquanto destruíam o patrimônio histórico do Conjunto Tombado Nacional do Arco do Teles, na Travessa do Comércio, em 2022 / Foto: DIÁRIO DO RIO

Há alguns meses um panorama tem chamado atenção no Centro do Rio de Janeiro, na parte da noite. As ruas são tomadas por carros-pipa que circulam pelas ruelas e pelas principais avenidas, abastecendo dezenas de prédios todos os dias. Da mesma forma, os apaixonados pelas históricas calçadas em pedras portuguesas têm notado que em todas as ruas há buracos, retangulares, muito mal acabados, junto à entrada dos edifícios e sobrados. Estes dois interessantes fatos são decorrentes da mudança nos critérios de cobrança de água da concessionária Águas do Rio.

É a Concessionária que assumiu o lugar da CEDAE que tem transformado as calçadas do Centro num verdadeiro queijo suiço. Sem licença alguma, chegam seus funcionários e começam a cavar as calçacas, para realizar cortes de fornecimento ou instalações daqueles novos hidrômetros de plástico cujo acesso se dá pela calçada; aqueles que menos de uma semana depois estão com as tampas quebradas ou desniveladas. E o acabamento feito pelos prepostos da Águas do Rio é sempre o pior possível: “as pedras são recolocadas em desacordo com o desenho, sem nenhum tipo de nivelamento e muitas vezes nem sequer são colocadas propriamente: jogam areia e amontoam as pedras, e partem pra outra”, explica Valdemar Barboza, gerente predial do tradicional Shopping Paco do Ouvidor, na esquina das ruas Ouvidor e Uruguaiana.

Mas se todo mundo anda pela rua e muita gente não está nem aí pro mau estado das calçadas ocasionado pelo trabalho porco e irregular da concessionária na recomposição dos passeios, tem um problema que aflige a todos. O bolso. E a mudança de critérios, a falta de clareza no faturamento, a avidez pela cobrança e a ação implacável da concessionária que decidiu implantar um clima de terror nos condomínios comerciais do Centro do Rio já começa a fazer vítimas. Agora foi o Edifício Centro Rio, na rua Dom Gerardo 63, localizado bem próximo ao Museu do Amanhã. O Edifício de 23 andares com salas comerciais pequenas pagava cerca de R$ 10.000,00 de água e esgoto todos os meses; segundo fontes do mercado imobiliário, ele se encontra com cerca de 50% de vacância. A conta d’água do prédio, que se encontra metade desocupado, veio em dezembro – mês em que diversos dias sequer as pessoas vão ao escritório – na astronômica cifra de R$ 137.047,84.

Isso gerou um comunicado do síndico, Carlos Eduardo Barbosa Carvalho, informando que por conta da inacreditável cifra o valor do condomínio mensal das pequenas salas será aumentado em 160% – cento e sessenta porcento. Ou seja, uma sala que paga R$ 279,88 mensalmente ao edifício pagará R$ 727,69. A situação deixou condôminos em pé de guerra. Ninguém consegue entender o que o síndico qualificou como “nova metodologia de cálculo” de cobrança da empresa. Será um fato isolado?

Na rua Sete de Setembro 63, um prédio com 2 salas por andar e apenas 4 salas ocupadas, está sendo cobrado uma tarifa de água mensal da ordem de nove mil reais. Ou seja, 4 salas comerciais consumiriam cada uma delas mais de dois mil reais de água por sala? Claro que não. É que a concessionária – com o suporte de uma decisão recente do Superior Tribunal de Justiça – quer cobrar um valor mínimo de cada condomínio, que nada mais é do que a multiplicação da tarifa mínima pelo número de unidades, deixando de lado o volume registrado pelo hidrômetro. E esta tarifa mínima, no caso de salas comerciais, é de quase setecentos reais. Segundo o subsíndico do Edifício, Adriano Nascimento, isso inviabiliza a locação das unidades e transformará, pouco a pouco, os prédios comerciais em desertos. “Não tem como 4 inquilinos de salas de 30m2 repartirem uma conta de nove mil reais. Seja lá quem decidiu que isso é certo, não sabe fazer conta”, explica, indignado.

Em dezembro de 2023, a Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi) lançou um manifesto “em defesa da tarifa de água justa e legal”, avisando do risco que se corria caso o STJ decidisse – como acabou decidindo – a favor das empresas de água. “A Abadi participou da audiência pública no STJ, defendendo de maneira veemente a importância de serem mantidas as regras já consolidadas. Caso contrário, os condomínios e a sociedade em geral serão extremamente prejudicados com a aplicação de uma tarifa de água abusiva, acarretando transtornos expressivos”, afirmou o presidente da Associação, Rafael Thomé, que preveniu a todos que a situação deverá gerar um aumento de 700% nas contas de água. Mas a associação não foi ouvida, e a conseqüência são, por enquanto, as calçadas destruídas, os carros pipa tomando conta da cidade, e a falência dos condomínios, principalmente comerciais.

Na Rua da Quitanda 80, um edifício completamente vazio – ocupado somente por uma faxineira de 10 da manhã às 18h, 5 dias por semana – recebe cobrancas de água mensais em valores que variam de R$ 22.000 a R$ 25.000. O edifício Palácio Vigia, que já foi inteiramente ocupado pela Universidade Gama Filho, está fechado há cerca de 4 anos. E um detalhe: recebe a conta mesmo tendo a água cortada. “Cortam a água e mandam contas malucas todos os meses para pagarmos. Acho que as autoridades não estão entendendo claramente onde isso vai parar. Nos imóveis residenciais, há menos reclamações porque o valor mínimo é infinitamente menor. Isso inviabiliza a Cidade, que perde toda atratividade de negócios”, dispara Gibeon Lebanon, diretor da empresa dona do edifício. Sua calçada externa foi arruinada pelo incompetente trabalho dos prepostos da concessionária, realizado ao arrepio das normas e sem qualquer licença da Secretaria de Conservação. O curioso é que as calçadas dos prédios são responsabilidade – segundo a prefeitura – dos condomínios, cabendo a eles, quando notificados pela municipalidade, reparar os danos impunemente causados pela Águas do Rio.

A situação é gravíssima em todos os condomínios da cidade. Mas nos comerciais, é muito pior. E é pior ainda quando são prédios que não são de categoria alto luxo. Pois num prédio de altíssimo padrão, o condomínio de uma sala custar mil ou mil e quinhentos pode ser aceitável. Mas num prédio simples, se torna impagável, impossibilitando que as salas sejam alugadas, o que gera a falência do edifício e o naufrágio de qualquer projeto de revitalização urbana sério“, explica Cláudio André de Castro, presidente do Conselho de Renovação do Centro da Associação Comercial do Rio de Janeiro.

A situação é tão grave, que há condomínios considerando se tornar residenciais ou mistos só porque a cota mínima de uma unidade residencial é bem menor. Como depois da decisão do STJ a maioria dos edifícios comerciais estão se apavorando com as contas, começa-se a pensar em qualquer tipo de saída possível, quando já não se acredita na justiça. Segundo dados que levantamos, há diversos condomínios se utilizando de Carros Pipa; outros avaliam a transformação de uso para diminuir a cobrança, mesmo que a idéia não seja efetivamente virar moradias.

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp Mudança em critérios de cobrança da Águas do Rio aumenta condomínio em 160%, no Centro

31 COMENTÁRIOS

  1. A ordem é LUCRO a todos custo , não é só no estado doRio de Janeiro é em várias cidades a EGEA comprou várias concessões no país e tem que cobrir o dinheiro gasto e obter LUCROS ! E podem reparar que no mês de dezembro a conta de todos subiram ou vcs não repararam ?????? O governo finge que não vê……

  2. Na zona industrial de campo grande estão instalando hidrômetros em canos improvisados de moradores de um loteamento e ainda ameaçando chamar a polícia caso não autorizem. Sem nenhuma obra e hidrômetros giram sem água. Não temos esgoto que estão entupidos e temos solicitação de bairro maravilha que não é atendida. Um absurdo.

  3. Péssima concessionária que não respeita o consumidor. Vivemos um racionamento de água , ficando desabastecidos por vários dias seguidos. Nesse momento vamos para 7 dias sem água.
    Criminosa essa empresa. CRIMINOSA!

  4. Acrescento à autora que a lei ainda garante à concessionária o direito de multar o usuário pelo uso de carro pipa e ainda cobrar pelo tratamento do esgoto.

  5. Infelizmente isso está acontecendo em todos os lugares que eles assumiram. Eu moro em São João de Meriti e o hidrômetro é só fachada
    Dizem que é por estimativa, estou a quase dois anos com a loja fechada e eles continuam cobrando consumo absurdo

  6. A privatização de um serviço público é uma roleta russa. Mas tem coisas que conseguimos perceber, nitidente, que o povo vai ter que sambar no miudinho. A matéria é sobre a privatização das águas do rio. Mas amanhã será sobre a privatização da educação. O prefeito de vocês aqui no Rio já está colocando em prática e ninguém se atentou. Sejam – vindos a essa nova era ou não rs. As sementes para essa nova sociedade já estão sendo plantadas. Boa sorte senhores!

  7. O jeito é os edifícios se unirem pra pagar por um Poço artesiano ( que normalmente da agua salgada até 30 metros de profundidade mas depois dos 80 metros ao atravessar as pedras e o barro existe grande chance de encontrar agua potavel lá embaixo, o Rio é abençoado por Deus pois no estado quase todo existe um lençol de pedras la embaixo cheio de agua entre as pedras e é agua potável limpinha da silva, existe cidade onde a empresa de agua pega agua apenas do poço, aqui mesmo em Araruama RJ eles enganam a população dizendo que trazem a agua da Lagoa de Juturnaiba mas é mentira, eu ja segui, ja falei com funcionarios etc.. etc.. e descobri que a coleta de agua dessa lagoa não atende nem 15% da cidade, o grosso mesmo eles tiram de poços, e de fato todas as casas da minha familia tem poço ( em 9 cidades e também bairros aqui do rio ) e todo poço tem água, nunca vi ninguém cavar um poço e não dar água aqui no rio, basta se unirem e passarem a ter seu próprio poço, e claro, quem puder vai cavar também pra construir cisternas pra guardar a agua e assim poder deixar a agua decantar por um tempo antes de bomboar para a caixa dagua do prédio, sabemos que é importante jogar pedra de cloro na agua na cisterna e deixar a agua parada uns dias pra sujeira descer para o fundo ( poeira )

  8. É de se desconfiar E ENOJAR esta proteção e blindagem para com esta empresa ÁGUAS DO RIO que, além de prestar um péssimo serviço, vem reiteradamente descumprindo a legislação pátria, AUFERINDO LUCROS ASTRONÔMICOS, COBRANDO POR UM SERVIÇO QUE NÃO PRESTA, ou seja, POR ÁGUA QUE NÃO FORNECE???
    Porque ela cobra por um fornecimento INEXISTENTE que, flagrantemente comprovado, uma vez que ela MESMA cortou o fornecimento????
    Isso não é CRIME??? ENRIQUECIMENTO ILÍCITO E SEM CAUSA???
    Porque o poder não emana mais do povo?
    Porque o judiciário não observa o desrespeito a LEGISLAÇÃO QUE PROTEJE O CONSUMIDOR?
    Aqui em MARICÁ, também destroem as calçadas, bem como o asfalto, tudo isso para extorquir moradores e comerciantes, instalando hidrômetros sem autorização do morador ou comerciante ao custo mínimo de R$ 1.300,00, sem no entanto, FORNECER UMA GOTA DE ÁGUA POR SEMANAS.
    Isso também não é crime???
    Porque as prefeituras nada fazem contra esta empresa???
    Porque a ALERJ nada faz em prol do povo que os elegeu???
    Porque a ALERJ não entra em prol dos consumidores, não é dever fazer???
    Porque o MP não enquadra esta empresa de uma vez por todas???
    Quem são os donos desta empresa ???

  9. Será que “alguens”, nesse tal de ttt sss sem justiça, “levaram” um bom “capilé” nessa estória?
    Provavelmente, mas como disse o senhor Heron Andrade, logo aí assima, o que falta mesmo é regulação. Mas, num país, infelizmente, tão corrupto, qualquer regulação dificultaria essa, digamos assim, instituição nacional.
    No final, tudo passa pela educação, mormente pela falta dela. O crescimento de uma nação passa diretamente pela educação e aculturamento do seu povo .
    Tadinho do meu Brasil brasileiro.

  10. Memória curta de alguns…. A promessa era conta mais baixa e serviços melhores. SQN
    Falta de agua histórica na Zona Sul e paradas frequentes na Zona Norte e Oeste. Sem falar na adutora que provocou a fatalidade de uma idosa por descaso da Aguas do Rio
    A Cedae que dava lucro e gerava dividendos para o Estado, foi presenteada para um monopolio privado.
    Alguém teve redução na conta? Me conta ai !!!!

  11. A CEDAE fazia exatamente A MESMA COISA e perdeu PRATICAMENTE TODAS AS AÇÕES dos prédios que entraram na justiça contra ela. Tem que fazer o mesmo contra a Águas do Rio e descobrir o por quê deste juiz ter dado razão a Águas do Rio nessa cobrança…MISTERIO$…

  12. Brasileiro tem memória curta e esqueceu dos péssimos serviços e herança deixada pela CEDAE. Vários processos judiciais contra a mesma chegando a mesa do STJ que decidiu contra os consumidores após privatização. Dinheiro público é ilimitado pode processar e pedir indenização. Já o privado… Fácil fazer discurso de protesto contra ou a favor da privatização. Mas não vejo ninguém acionando outras autoridades e denunciando os absurdos do judiciário. Medinho? Quem decidiu contra o povo foi o STJ. Lembremos a história do roll taxativo dos planos de saúde. Metade não leu a matéria e veio militar.

  13. Nem toda privatização dá totalmente certo, e muitas das vezes por culpa do poder q elaborou o edital e as condições referentes ao ônus e ao bônus para o concessionário. No caso da Cedae, temos visto que a baía da Guanabara tem obtido melhoras de sua qualidade com praias recuperando a balneabilidade e animais antes sumidos, sendo novamente flagrados em suas águas. A crítica principal não me parece ser com a Cedae, exceto pelas péssimas e frágeis caixas de hidrômetros q estão sendo implementadas nas calçadas, mas a crítica real é para o STJ q permitiu uma nova modalidade de medição/tarifação. Este sim, o judiciário, é quem está arrebentando com o povo e com os condomínios mediante decisões errôneas, sabe-se lá, porquê.

  14. Toda privatização ou concessão de serviços públicos a entes privados dá nisso. As condições são pensadas para beneficiar ao máximo os investidores privados. Vendem o patrimônio público a preços absurdamente baixos aos gatunos, as tarifas dos serviços aumentam, a qualidade nem tanto (as vezes até piora), e ficamos todos com cara de idiotas, reclamando do prefeito, do governador ou do presidente de ocasião, quando o que está errado é a lógica neoliberal, que impõe privatizações. Em vários países já há um movimento claro de reverter esse modelo e devolver os serviços essenciais ao controle do público.

    Se concessões/privatizações tivessem que passar pela aprovação da população (através, por exemplo, de referendos), nenhuma aconteceria, pois a maioria do povo é contra, justamente porque sabe dos efeitos. Daí serem feitas a revelia do público, o que constitui crime de lesa pátria.

    Quem defende que o Estado e suas empresas têm que adotar a lógica capitalista de gestão, visando lucros, está apoiando essa farra mafiosa de privatizações. O Estado não precisa lucrar, da mesma maneira que não deve ser um saco sem fundo de gastos. O papel do Estado é ser o indutor do desenvolvimento econômico, gerando empregos de qualidade para a população, investindo em áreas que são de interesse coletivo, mesmo que isso signifique que suas empresas trabalhem com lucros pequenos, no “zera a zero”, ou até com pequenos déficits.

    Quanto tempo vai levar até que nós, população, tomemos as rédeas da administração pública e botemos para correr essa escumalha empresarial sanguessuga?

  15. A conta D’água de onde moro saiu de R$ 316,00 para mais de R$ 700,00!!!!
    Moro com minha esposa e a conta é dividida com mais um casal. Quando chegou a conta, perguntei se eles tinham montado um parque aquático ou coisa do gênero, pois a conta mais que dobrou, sendo que nós, praticamente, não paramos em casa…

  16. Dão mole pra judiciário. Dá nisso.

    Decisão errada deveria ser obrigatório questionar. Cobrar um consumo aleatório impossível de ser cumprido humana ou economicamente já deveria dar o alerta. E não deve ter sido chamado nenhum perito ou matemático para estabelecer o justo. Só uma canetinha, nada mais. Não é o deles, ok.

    Mas, sabe como é. Existiam dois sistemas, o métrico (hidrômetro) e o de “pena mínima” (estimativa). Mudaram a empresa e conseguiram via judiciário esse arranjo de dois sistemas em um, criando essa mutação. O resultado é a revolta do cidadão médio que paga impostos, inclusive o serviço e o imposto que sustenta o julgador. Pra suavizar, nas comunidades pouco ou nada se cobra. Senão quebram tudo. Aí tem tarifa social que você paga as vezes abaixo do justo, sendo custeada pelos proprietários e inquilinos de salas e apartamentos que levam soquetada no rabo toda hora. Dá vontade de jogar a chave fora e deixar jorrar na calçada. Pra isso, não tem MPRJ.

    Povo ordeiro paga suas contas, desde que sejam o justo e o possível consumir. É difícil isso?

    • Comentário certíssimo. Não quer cobrar, pelo menos faça o serviço direito e com qualidade. Senão, multa progressiva na Concessionária gerando créditos ou cashbacks para o consumidor. Bairros como Méier e Madureira estão com calçadas esburacadas, e isso é a mesma coisa em toda cidade. Minha rua teve 3 serviços em um mês e até hoje a concessionária não reparou calçadas. A prefeitura oficia a empresa e ela não conserta. Pra completar, qualidade dos medidores, com tampas de plástico que não sustenta o pedestre a médio prazo, abrindo a toa e facilitando o roubo do equipamento e desperdício de água. Grande porcaria.

  17. Um monopólio privado entregue pelo Estado para quem comete crimes em nome do lucro. A população, sendo lesada duplamente, pelo Estado e pelo privado. Parabéns ao pobre de direita!

  18. Isso não está acontecendo somente em prédios comerciais. Em um prédio, na Rua Maranhão, no Méier, já poucos anos, a empresa de águas trocou o hidrômetro e o condomínio se transformou em pesadelo para os moradores. O síndico conta que a empresa alega que o novo hidrômetro é mais preciso.

    Se ela comprou o direito de explorar o mercado de água e esgoto, sabendo o volume de água fornecido regularmente e a tarifa por volume de água, então ao trocar os hidrômetros, não seria o caso de reduzir a tarifa por metro cúbico de acordo com a maior precisão dos hidrômetros?

  19. Privatiza que melhora!
    Só que não!
    Estou até agora esperando um exemplo de privatização que trouxe melhoraa ao país e à população.
    Não me venha com exemplo de telefonia não! Vai pesquisar a fundo o que isto significou.
    A sanha neoliberal e entreguista é esta. Votem mesmo em qualquer representante como Witzel e afins e colham os frutos!

  20. Não querem privatizar todas as estatais? Então, apreciem o excelente serviço prestado pela empresa privada, com um precinho maravilhoso. A Águas do Rio só não vai ganhar o prêmio da melhor prestadora de serviço essencial, porque o título já é da fornecedora de luz de São Paulo (contém ironia).
    PS: No meu prédio a conta de água aumentou 200%!!!

  21. Parabéns aos envolvidos. Depois não querem ser chamados de gado.
    Elegeram um vagabbundo, oportunista, inepto e ladrão para governador. Aquele que ninguém lembra mais e foi impichado em menos de 2 anos.
    O sujeito intencionalmente precarizou (não vamos esquecer os meses em que nos banhamos com esgoto) a já combalida Cedae para vender a qualquer preço, provavelmente mediante comissao paga por fora.
    Agora, pagamos o preço da histeria inconsequente.

  22. Daqui há pouco, vale cancelar o fornecimento de água para comprar carro pipa, em teoria a conta cairá pela metade , pois a conta é para água e esgoto.

    Outro ponto é que se você reutilizar água da chuva por exemplo, a sua conta terá um ajuste, pois você estará jogando mais água no sistema de esgoto do que foi consumido.

    Se fala tanto em reutilizar recursos , mas sobre taxamos quem quer faze-lo.

  23. Então, NINGUÉM é de chegar e falar em aumentar a QUALIDADE DOS SERVIÇOS. Não sabem o que é isso. Igual o COMPLIANCE (Compliance é o conjunto de práticas e políticas que uma empresa adota para garantir o cumprimento de normas, regulamentos, leis e diretrizes. O termo vem do verbo inglês “to comply”, que significa estar em conformidade.
    O compliance pode ser aplicado em diversos ramos, como o tributário, trabalhista e cível.
    O compliance é importante para:
    Evitar multas, sanções e publicidade negativa
    Assegurar a saúde, segurança e bem-estar dos envolvidos
    Estabelecer uma melhor cultura organizacional
    Aumentar a eficiência operacional
    Os pilares do compliance são: Prevenir, Detectar, Corrigir.

    Só sabem aumentar os custos.

    Aqui não se usa esse nome tão importante. Será que é porque está em outra língua? Talvez.

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui