Uma portelense do Tocantins recebeu um grande presente no dia do seu aniversário. Maria de Fátima, moradora de Tocantinópolis, cruzou o Brasil para assistir ao desfile da Portela, na Marquês de Sapucaí.
Ao todo, ela percorreu da 2,4 mil quilômetros de ônibus para chegar ao Rio de Janeiro, para realizar o sonho de uma vida: presenciar o desfile da Portela, nesta terça-feira (4), quando completa 70 anos.
Dona Maria disse á reportagem do RJTV que teria dado a si mesmo o presente, em um momento tão especial.
“Eu não queria morrer sem ver essa história linda. Eu faço 70 anos dia 4 e me dei isso de presente. A minha escola de coração é a Portela”, disse a mulher à reportagem.
Maria de Fátima, viu o primeiro desfile da vida na Marquês de Sapucaí, nesta segunda-feira (3). A história de amor pela azul e branco chegou à direção da escola, que providenciou um momento inesquecível à aniversariante.
Da arquibancada popular, chamada de setor zero pela população, Maria de Fátima assistiu o primeiro de desfile de uma escola de samba na vida. A Portela, na mesma noite, a convidou para assistir aos desfiles das demais escolas no camarote especial da agremiação.
Hipnotizada pelo espetáculo de segunda-feira, a viajante do Tocantins afirmou: “Estou feliz, é muito bom ver um sonho se realizar. Só Deus para pagar essa felicidade que eu estou vivendo, vai ficar no meu coração enquanto vida eu tiver”, disse ela, emocionada ao RJTV.
Mas o melhor viria na terça-feira, dia do seu aniversário, Dona Maria foi novamente convidada para assistir à passagem da Portela do mesmo camarote. O seu sonho foi realizado, no dia em que completou 70 anos, com “pompa e circunstância”.
Maria de Fátima realizou um sonho acalentado em seu coração há anos. O carnavalesco da Portela, Antônio Gonzaga, lembrou que o enredo desse ano fala sobre a travessia rumo a algo em que se acredita. Nada mais pertinente do que a história de Dona Maria de Fátima, que atravessou a Brasil para ver a sua escola do coração.
“Nosso enredo fala muito sobre travessia, sobre você se mover, se deslocar por alguma coisa que você acredita. Quando a gente encontra uma história dessas, a gente vê que tudo faz sentido”, disse Antônio Gonzaga.