Museu do Amanhã celebra primeiro mês de reabertura após pandemia

Espaço adotou série de protocolos de segurança. População ajuda no cumprimento das normas e busca mais informações sobre o vírus

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Foto: Guilherme Leporace

A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, celebra o primeiro mês de reabertura do Museu do Amanhã. Medidas preventivas estão sendo seguidas rigorosamente desde setembro, quando o local foi reaberto. O espaço, que chegou a ter mais de 5 mil visitantes por dia, sendo até 1200 simultaneamente recebe hoje, no máximo, somente 300 pessoas por hora.

O visitante não só tem respeitado as regras como também tem atendido com educação e empatia quando os educadores chamam a atenção para a sinalização ou o distanciamento correto. Percebemos também muito a figura do visitante-cidadão, aquele que fiscaliza e nos avisa se alguém estiver, por desatenção, burlando alguma regra. É muito bom perceber essas mudanças de comportamento. As pessoas também têm perguntado muito pelas novas informações sobre o coronavírus que foram incorporadas à exposição”, comenta Camila Oliveira, coordenadora de educação do IDG/Museu do Amanhã.

Entre as medidas adotadas estão o uso de tapetes sanitizantes, disposição de totens de álcool gel, medição de temperatura dos colaboradores e do público na entrada, sinalização de distanciamento entre as pessoas, mudança no percurso da exposição de longa duração e higienização constante dos equipamentos interativos.

Além disso, o uso das máscaras faciais é obrigatório e a quantidade de pessoas dentro do museu foi reduzida a um terço de sua capacidade. Os ingressos são vendidos numa plataforma online. Outra vantagem do equipamento é o seu sistema de ar-condicionado, que filtra todo o ar de 20 em 20 minutos.

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No Cosmos, portal de entrada da exposição onde o público assiste a um filme de cerca de 5 minutos sobre a criação do universo, a capacidade máxima por sessão será de 30 pessoas. O percurso de visitação foi modificado e, para evitar aglomerações nos corredores, uma vez iniciada a visita, o público não pode retornar ao ponto inicial.

Outra mudança aconteceu nos dias e horários de funcionamento. O Museu agora abre somente de quinta a domingo, no horário de 10h às 17h. O ingresso custa R$ 26, sendo R$ 13 a meia-entrada. Todas as gratuidades e meias-entradas previstas em leis foram mantidas.

Também tem novidades na exposição. Com longa duração no Museu do Amanhã e com uma narrativa que compreende cinco áreas, ela ganhou diversas atualizações. A partir da reabertura, o público deverá percorrê-la em sentido único, sem possibilidade de retorno, para evitar aglomerações.

COSMOS: O percurso para a entrada na primeira área da exposição será diferente e sinalizado ao público. Dentro da sala, limitada agora ao número de 30 espectadores, a experiência de assistir ao vídeo deve provocar novas sensações e reflexões, pautadas pela vivência da pandemia, o isolamento social e a perspectiva da finitude.

TERRA: Nesta segunda parte da narrativa, foi atualizado o interativo “Terra é Azul”, que fica no Cubo da Matéria e mostra imagens do Planeta vista por satélites. Fotos de cidades durante a pandemia serão mostradas para que o público possa ver como a paisagem das cidades mudou durante a quarentena forçada. Há imagens de ruas e lugares de grande circulação de pessoas, como a Praia de Copacabana, completamente vazias. O intuito é mostrar os efeitos da “pausa” em diferentes lugares, evidenciando o alcance planetário da pandemia.

ANTROPOCENO: Nessa área central da exposição, o vídeo do Crescimento da Compreensão, que mostra a história do movimento ambiental desde a década de 40 e chegava até o Acordo de Paris, em 2016, foi atualizado com informações sobre o que o curador Luiz Alberto Oliveira cunhou de “Coronaceno”. Para o curador, a pandemia é um sintoma do Antropoceno e evidenciou que a humanidade tem avançado cada vez mais sobre lugares remotos, fazendo mau uso dos recursos naturais e ameaçando a biodiversidade, o que provoca desequilíbrios e o surgimento de epidemias.

AMANHÃS: A área vai trazer atualizações no interativo Cidades Conectadas e no da Biodiversidade e dois novos vídeos. No Cidades Conectadas, o público terá informações sobre como a epidemia, que teve um primeiro surto em Wuhan, na China, se espalhou pelo mundo e se transformou na pandemia que já infectou milhões de pessoas pelo mundo. Um gráfico da ONU vai mostrar os casos por continente, de janeiro a julho, começando na Ásia e depois se espraiando e crescendo com o passar das semanas e dos meses, em todos os continentes.

Na área de Sociedades, a médica Jurema Werneck, atual diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil, vai abordar os impactos sociais, econômicos e ambientais da pandemia e suas consequências na vida das grandes cidades. Outro vídeo, já na área Planeta, traz a bióloga da Fiocruz, Márcia Chame, falando sobre os fatores biológicos que influenciam no surgimento das epidemias. No interativo Biodiversidade, há também informações sobre as características do coronavírus, como ele surgiu e como chegou até os humanos.

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