Nova exposição do Museu do Amanhã provoca cidadão a se apoderar da cidade

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Qual o papel do cidadão na construção das cidades? E na proposta de novas soluções para as áreas urbanas? A nova exposição “Rolépelo Rio Hackeado”, no Museu do Amanhã, propõe o empoderamento das cidades por pessoas inquietas, os chamados “hackers”. A provocação pretende instigar em cada visitante a vontade de explorar os lugares onde vivem para que reflitam e iniciem ações sustentáveis, desde plantar uma muda de flor a transformar áreas urbanas degradadas, por exemplo. A mostra estará em cartaz no Museu do Amanhã a partir do dia 12 de outubro.

 A criação coletiva do Estúdio M’Baraká e do Laboratório de Atividades do Amanhã, “Rolé pelo Rio Hackeado” utiliza maquetes mecânicas com movimento dos bairros da Lapa, Urca e Rocinha, obras produzidas por Luiz Oliveira, mecânico, soldador e morador da comunidade Mangueira; uma horta urbana para representar as intervenções realizadas nos diversos canteiros da cidade; um grafite com projeções e uma área que simbolizará o Baile Charme de Madureira, exemplo de território criativo transformado; entre outros ambientes. Destaque também para as instalações interativas (totens) onde os visitantes poderão traçar um “diagnóstico afetivo” de sua própria cidade. Após escolherem um dos 160 bairros oficiais da cidade do Rio de Janeiro, os visitantes poderão sugerir aprimoramentos dos espaços, com sugestões de mais horta, cor, arte, ciclovia ponto de encontro etc. Por toda exposição são apresentados conteúdos históricos do projeto Rolé Carioca, associados a ideias e cases de transformação da cidade pelas mãos do próprio usuário – quem nela vive sabe como potencializar seu uso.

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O arquiteto Paulo Mendes Rocha disse que a razão da cidade é podermos conversar. Vemos muita potência nessa frase, pois acreditamos que a cidade deve maximizar a interação social. É nesse fluxo de encontros e diálogos que a cidade se concretiza, e podemos dizer que são seus variados atores, em cena, que promovem sua metamorfose ambulante, continuada. A cidade é uma plataforma aberta, em constante construção. A exposição quer despertar o olhar do visitante para seu potencial transformador, passando de usuário à agente da cidade”, informa Isabel Seixas do Estúdio M’Baraká.

 De acordo com Marcela Sabino, diretora do LAA, a escolha pelo termo hacker tem a intenção de trazer à tona a ideia de evolução de um sistema, descoberta de novas possibilidades em computadores ou mesmo em praças, cidades, avenidas, entre outros.

Hackear a cidade, no sentido desta exposição, seria praticar a cidade, reconhecer alguns de seus bugs e imperfeições, aqueles que afetam múltiplos usuários, e buscar decifrar soluções que tornem o uso do sistema melhor para o coletivo. A exposição é, antes de mais nada, um convite à ação, que deve começar por onde moramos, circulamos. E esperamos despertar o olhar do visitante para seu potencial transformador, passando de usuário à agente”, explica Sabino, reforçando que um hacker não atua sozinho, precisa de legitimidade e popularização.

Em “Rolé pelo Rio Hackeado”, o público irá interagir com práticas ativas de reconstrução da cidade, exploradas em três camadas:

o   Territórios criativos: quando a potência de um espaço, como uma praça ou um prédio abandonado, encontra o desejo de uso do público;

o   Identidades invisíveis: representa tudo aquilo que socialmente se mantém à margem do mainstream midiático e propagandeado, e que, ao ser posto em evidência, colore a diversidade da cidade, criando novas possibilidades;

o   Circule: mobilidade e intimidade com essa construção imaginária da cidade como um todo, principalmente para romper barreiras territoriais fictícias.

 A programação de “Rolé pelo Rio Hackeado” incluirá ainda workshops, bate-papos e encontros, que complementarão a discussão junto ao público. O projeto RoléCarioca é parceiro desta iniciativa, e a Estácio é patrocinadora pela Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Serviço

Exposição “Rolé pelo Rio Hackeado”
Início: 12/10/2016
Local: Laboratório de Atividades do Amanhã – LAA
Endereço: Museu do Amanhã (Praça Mauá, nº 1 – Centro)
Funcionamento: De terça-feira a domingo, das 10h às 18h (com encerramento da bilheteria às 17h)
Ingressos (A exposição do LAA está incluída no valor da entrada para o Museu):
Inteira: R$ 10,00;
Meia-entrada: R$ 5,00;
O Museu tem entrada gratuita às terças-feiras;
Bilhete Único dos Museus (Museu do Amanhã + MAR): R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia-entrada).

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