As queixas com a desordem urbana no Rio vêm se empilhando nos últimos meses, em que pese os esforços da prefeitura no sentido de combater as construções irregulares na Zona Oeste. Apesar da forte atuação das autoridades naquela região – a subprefeitura local estaria sendo bastante atuante – demolindo até igrejas evangélicas construídas irregularmente em invasões especialistas consideram que a atuação do município nas zonas norte e sul tem sido muito tímida.
Em dois pontos da região da Grande Tijuca, pelo menos duas novas favelas estão crescendo livremente. Uma delas – como já noticiamos aqui – vem aumentando exponencialmente nos últimos anos e a outra, de forma criminosa, começa a rasgar e destruir a mata atlântica e as árvores de uma área de preservação. A primeira fica na Rua São Paulo, entre Vila Isabel e o Sampaio. A segunda, numa mata no coração da região da Usina, ponto nobre da Tijuca.
Ultimamente, a favela que nasceu próximo ao acesso ao túnel Noel Rosa, no bairro do Sampaio, vem expandindo-se rapidamente para cima da pista. As imagens abaixo mostram o crescimento desordenado e ilegal da comunidade vizinha a uma antiga garagem de ônibus, que de dois ou três barracos em 2014, em pouco tempo passou a ter prédios e casas sobre palafitas de concreto, com mais de 70 caixas d’água. Um verdadeiro condomínio construído criminosamente, nas barbas da prefeitura.
Mas se a colina ocupada pela imensa nova favela do Sampaio era uma espécie de descampado com pouca vegetação, na Usina está em ação uma verdadeira megaoperação de destruição do meio ambiente e aniquilação da mata atlântica. Em uma área verde, bucólica e nobre na região Usina/Tijuca, muitas casas e prédios estão sendo erguidas, uma atrás da outra, sucessivamente, sem qualquer tipo de consequência. Algumas já fazem por merecer o título de edifícios, por terem mais de 4 pavimentos. Tudo isto ocorre bem atrás do hospital São Francisco da Providência de Deus, na Usina. O hospital fica na Rua Conde de Bonfim, 1033, e nos seus fundos sobem cada dia mais dessas construções de até quatro andares, sem a menor fiscalização.
Tudo isso é assistido pelos moradores da área, que vêem o acúmulo de lixo, escutam o barulho das serras e motosserras destruindo o verde, e ainda têm que conviver com o barulho das obras, que não raro passa das 10 da noite. “Eles trabalham noite e dia, construindo estes imóveis irregulares, na encosta, sem qualquer segurança. E o pior, ninguém tem coragem de dizer: quase tudo é construído para alugar. Ou seja, as pessoas que necessitam de moradia, pagam aluguéis a verdadeiros investidores do crime, isso é uma indústria”, disse ao DIÁRIO José Campello, que se disse morador da região.
“Os prejuízos ao meio-ambiente e às condições demandadas pelo hospital, como silêncio, são notórios. Os próprios moradores ficam em situação de risco de morte, decorrente das construções ilegais e sem técnica adequada”, informou uma outra fonte do DIÁRIO DO RIO, que preferiu ter a identidade preservada. Segundo outras fontes do local, haveria pessoas que “têm” (sic) mais de 5 imóveis no local.
Procurada pela reportagem, a Subprefeitura da Grande Tijuca, através do subprefeito Wagner Coe, se pronunciou: “Não temos conhecimento do surgimento de novas favelas na região da Grande Tijuca. A área mencionada por vocês, na rua São Paulo, entre a Vila Isabel e o Sampaio, próxima ao acesso do túnel Noel Rosa, fica na saída do túnel direção Jacarezinho/Sampaio, já é região da Subprefeitura da Zona Norte. Quanto à denúncia do possível crescimento, nos últimos anos, em áreas de mata verde, na região da Tijuca/Usina, atrás do hospital São Francisco da Providência de Deus, localizado na rua Conde de Bonfim, 1033, sabemos tratar-se de área da comunidade da Formiga, onde eu pessoalmente e a equipe da Subprefeitura da Grande Tijuca já estivemos algumas vezes e não identificamos nada novo, mas faremos uma nova vistoria no local mencionado a fim de averiguar a denúncia. A Subprefeitura da Grande Tijuca sempre que recebe denúncias dessa natureza, aciona a Defesa Civil para vistoriar o local e informa aos Órgãos responsáveis qualquer irregularidade constatada, para que as devidas providências possam ser tomadas”.
Para o corretor de imóveis Wilton Alves, morador da rua Carmela Dutra, a situação desvaloriza a venda de apartamentos e casas na região. “A prefeitura se esquiva dizendo que nenhuma favela é nova, e com isso as favelas vão se emendando uma na outra, até que a Tijuca inteira seja uma grande favela. Enquanto isso, os preços dos imóveis caem e o êxodo de pessoas que amam o bairro só aumenta“.
Ao DIÁRIO DO RIO disse o Secretário Municipal de Meio Ambiente, Eduardo Cavaliere, “Sobrevoei a região hoje e vou pessoalmente cuidar de construções ilegais na área. Desde que não tenham famílias morando, vamos atuar como tem sido: firmes na defesa do Meio Ambiente“.
A Secretaria Municipal de Conservação informou que irá programar uma ação conjunta com o Meio Ambiente para vistoriar a área.
A Subprefeitura da Zona Norte informa que “vem realizando, desde o início da gestão, inúmeras operações de fiscalização e demolição de construções irregulares, em parceria com outros órgãos da prefeitura, em diversos pontos da Zona Norte. No local citado, já foram realizadas algumas vistorias e novas ações já se encontram em fase de levantamento de dados e mapeamento do território, para que então possam ser executadas“.
Em outras partes da cidade, o problema se repete. Recentemente, o DIÁRIO publicou que novas comunidades surgem entre Copacabana e Leme.
Tem q passar o trator em tudo,e usar do direito constituído,não pode deixar essas pessoas saírem fazendo favelas,pois é mais problemas de marginalidade q vai aparecer,o governo tem q fazer política de habilitação seria para essas pessoas a margem da lei e agir com rigor.
A cada quatro anos os candidatos saem a procura de pessoas que tenham bastante votos, foi o caso do prefeito Eduardo Paes que visitou o jacaré na eleição de 2020 e no outro dia o pessoal já estavam levantando as lojas, tudo isso é culpa dos governantes que fazem cabide de votos.
Favelada se reproduz como animais de rua, sem controle. Sem controle de natalidade, nada, absolutamente NADA adianta. Vamos pro fundo do poço. .
O Rio tinha um prefeito macumbeiro. Tiraram o macumbeiro e elegeram um evangélico. O evangélico não atendeu as expectativas do povo que pôs o macumbeiro de volta. Ora, nas próximas eleições escolham alguém totalmente diferente.
Já desisti do Rio de Janeiro. Infelizmente, a metástase das favelas é agressiva e o câncer não tem mais tratamento. Me mudei para outro estado (o RJ inteiro é um estado falido e em grave deterioração) e estou colocando meu imóvel na zona sul do Rio de Janeiro à venda enquanto ainda vale alguma coisa. Há vários anos já tinha decidido nunca mais comprar nenhum imóvel na cidade.
Os moradores vêem, os pedestres vêem, os motoristas vêem, os comerciantes vêem as favelas e as Cracolândias nascendo, crescendo e se multiplicando…as autoridades, nunca vêem… já se vc faz uma pequena obra em casa num instante as autoridades vêem e aparecem… mistérios do país dos jeitinhos…
Como diria o Coronel Boanerges: “isso é política!”. Infelizmente, ou melhor, é responsabiliade da Prefeitura o uso responsável do solo dentro dos seus limites. Na cidade do Rio de Janeiro há diversas áreas sendo “usadas” de forma irresponsável com moradias. Áreas de preservação, áreas a marge de rios, prédios “ocupados” a revelia, outros tantos abandonados servindo de moradia para usuários de drogas, traficantes, melicianos e até politiqueiros para arrebanhar votos ou servir de palanque futuro. No Méier, temos predios terrenos de órgãos públicos juntando lixo, enquanto deveria ser usado para o bem social. Há outros prédios particulares que estaõ se tornando “cabeça-de-porco”, embora seja para um fim útil e humano de moradia, mas pela falta de manutenção correta, colocando a vida em risco desses moradores e pessoas que passam por ali. E tudo isso nas barbas do Poder Judiciário, Corpo de Bombeiros, Defensoria Pública e Prefeitura. Depois que acontecer o pior, não adianta vir querer achar o culpado.
Há muita gente ganhando dinheiro com as favelas. Essas casas são construídas para aluguel, o que é um absurdo completo. A cidade está cansada de ver as favelas crescerem e nenhuma providência para a sua remoção. Basta!
Está do Sampaio venho denunciando tem anos, mês a mês mas nada é feito e acho incrível que pessoas que se dizem pobres, não tem dinheiro para aluguel conseguem erguer casas deste tipo se para levantar um muro de arrimo o preço do material vai pra mais de 3 mil, imagina uma casa, e o pior, se passar a noite vai ver até ares condicionados funcionando. Enfim, tem método e não duvido que políticos da região financiem estas construções com nossos dinheiro nem troca de votos.
Não interessa se há gente morando, é irregular e tem pôr abaixo, ninguém mandou construir. Isso de tudo pelo social está acabando com a cidade toda. Já somos uma favela que por acaso tem um cidade dentro.