Número de desempregados tem alta de 36% em quatro meses de pandemia, diz IBGE

Estado do Rio de Janeiro apresentou um percentual acima da média nacional, que teve aumento de 27,6%

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Crise também atingiu trabalhadores informais | Foto: Ricardo Moraes/Reuters

Dados divulgados nesta quarta-feira (23/09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que em quatro meses de pandemia, o número de desempregados no estado do Rio de Janeiro teve alta de 36%, percentual acima da média nacional, que foi de um aumento de 27,6%. De acordo com o levantamento, o Rio de Janeiro encerrou o mês de agosto com cerca de 1,1 milhão de desempregados, 305 mil a mais que o registrado em maio, quando o total era de cerca de 840 mil pessoas.

Dessa forma, a taxa de desemprego no estado ficou em 15%, a maior registrada desde o início do levantamento. Em comparação aos outros estados, é a nona taxa mais alta observada no país em agosto.

Os índices de desemprego afetaram até mesmo os trabalhadores informais. Segundo o IBGE, o número de trabalhadores atuando informalmente teve queda de 9% em quatro meses de pandemia. Ao final de agosto, os trabalhadores informais fluminenses somavam quase 2 milhões, 200 mil a menos que o registrado em maio.

A queda da informalidade no Rio de Janeiro acontece na contramão da média nacional, pois depois de dois meses seguidos de queda, o número de trabalhadores informais no país voltou a subir em agosto. O IBGE enfatiza que, historicamente, é a informalidade a via de maior fácil acesso para os trabalhadores conseguirem uma colocação no mercado de trabalho. A queda desse contingente, segundo o órgão, indica a extensão da crise provocada pela pandemia.

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Em todas as crises que a gente atravessou até agora, o mercado formal teve sempre uma baixa muito grande, que também é observada entre os trabalhadores informais. Com a recuperação do mercado, é esperado que a primeira reação se dê pela informalidade, com os trabalhadores informais retomando as suas atividades“, apontou ao portal de notícias G1 o diretor-adjunto de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.

O levantamento foi feito durante o mês de agosto por meio da Pnad Covid19, uma versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil.

O IBGE ressaltou que a flexibilização do isolamento social explica a alta no desemprego no país, e isso também se aplica ao Rio de Janeiro. O motivo é que, diante das medidas de distanciamento social, um grande número de pessoas deixou de procurar por trabalho. Segundo o levantamento, cerca de 1,5 milhão de pessoas disseram que não procuraram por trabalho em agosto devido ao isolamento social. Na comparação com maio, não houve variação nesse número. Na comparação com julho, no entanto, quando esse contingente somava 1,6 milhão, o que representa uma queda de 6% em um mês.

Além disso, a pesquisa mostrou que vem reduzindo o número de trabalhadores afastados do trabalho devido à pandemia no Rio de Janeiro. Em maio, eram cerca de 1,6 milhão de trabalhadores nesta condição, número que caiu para cerca de 440 mil, o que representa uma queda de 73% em quatro meses.

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