O Brasil tem dono, e não é o povo – nem você.

Verdades Inconvenientes: Como governo e judiciário são percebidos pela população. A elite não se preocupa em nenhum momento com políticas públicas que beneficiem o povo. Seu único objetivo é se manter no poder.

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Enquanto o mundo trava uma guerra comercial, cada país busca proteger seus interesses e cidadãos; o Brasil padece de uma realidade perversa: aqui, a elite política e econômica não serve à nação, mas a si própria. Em épocas de eleição, promessas vazias como “picanha e cervejinha” ecoam, mas evaporam após os votos. Aqueles que se dizem guardiões pela “defesa da democracia” transformaram o Estado num feudo particular, onde o poder não é ferramenta de governança, mas de enriquecimento e perpetuação de privilégios. Raymundo Faoro, em sua obra clássica Os Donos do Poder (1958), já descrevia esse patrimonialismo: um “estamento burocrático”, inspirado em Max Weber, que usa o Estado para interesses privados.

O povo trabalha, paga impostos extorsivos e sustenta essa máquina, enquanto os donos do poder dilapidam o erário com milhões gastos em cartões corporativos, viagens luxuosas e regalias que nunca chegam ao cidadão comum. A verdade cruel é que o Brasil não pertence aos brasileiros, mas ao “mecanismo” – as mesmas famílias das capitanias hereditárias que se revezam no controle do governo e da política, independentemente de partido ou ideologia. Volta e meia um membro populista do baixo clero, entra no grupo dos poderosos.

O dinheiro público escorre para os bolsos de poucos, enquanto o povo enfrenta impostos, burocracia e um Estado que só aparece para cobrar, nunca para servir. As instituições, que deveriam garantir pesos e contrapesos, falham: juízes ativistas, parlamentares corruptos e um sistema que premia a lealdade ao poder, não à nação, consolidam uma engrenagem de privilégios. Recentemente, vimos o presidente do Judiciário responder com falácias a uma reportagem da revista The Independent, escancarando o caos na justiça brasileira. Notificações judiciais a internados em UTI e a anulação de provas da Lava Jato para amigos, enquanto inimigos enfrentam o “rigor da lei”, mostram a parcialidade de uma Corte onde quatro de cinco membros de uma turma julgadora, são suspeitos pelas relações pessoais em antagonismo ao réu.

Nada exemplifica melhor essa distorção do que o espetáculo patético da comitiva brasileira no funeral do Papa Francisco. Enquanto outras nações enviaram delegações discretas, o Brasil levou quase duas dúzias de autoridades, com assessores e acompanhantes, todos custeados pelo contribuinte. Foi constrangedor ver tantos figurões para quem os valores cristãos nada significam. Esses mesmos que se dizem defensores dos pobres aprovam leis autoritárias, perseguem opositores e tratam a fé do povo como ameaça. Agem como novos Herodes Antipas, atacando não apenas os seguidores de Jesus, mas a liberdade e a dignidade dos cidadãos.

A justiça, que deveria ser imparcial, tem uma postura de agente política e policialesca. São supercidadãos, inalcançáveis a qualquer investigação ou limite. Já o cidadão comum é esmagado pela máquina estatal, enquanto os poderosos gozam de impunidade absoluta. O Brasil tem dono – um grupo que controla o Estado, as instituições e os mecanismos de poder, repartindo benesses entre si enquanto o país fica a deriva.  A democracia tornou-se uma farsa, com partidos dominantes e juízes militantes ditando regras que beneficiam aliados e sufocam dissidentes. Mas a história prova que nenhum poder é eterno. Impérios caem, tiranias sucumbem à resistência dos que dizem “basta”. Enquanto houver indignação, haverá esperança. O mal não dura para sempre. Veritas Infamiae: a verdade que envergonha, mas precisa ser dita. Hoje o Brasil tem dono: a elite infame. Quem sabe , um dia, será do povo.

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2 COMENTÁRIOS

  1. O Brasil sempre teve dono. Não é de hoje.
    Parafraseando um texto popular:

    “Quem viver em Pernambuco
    Não há de estar enganado
    Que, ou há de ser Cavalcanti
    Ou há de ser cavalgado.”

    Enquanto os donos do poder montarem no lombo do povo, jamais sairemos dessa e a situação hoje, com o acesso quase irrestrito a informação, seja direta, transversa, interpolada, é catastrófica. Impotência.

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