O diplomata e a pandemia que mata

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Sérgio‘ foi um filme que vi sobre um diplomata brasileiro que amava o Rio de Janeiro. E me fez pensar nesse momento de pandemia – e o amanhã. Ou, melhor, não pensar muito no amanhã. O longa-metragem tem entre suas características uma não-linearidade, ou seja, viaja entre passado e futuro, e deixa a reflexão: adianta fazer planos? Sim, é ótimo ter metas, o ser humano precisa de objetivos e sonhos. Ok, concordo. Mas, esse tal amanhã, ele não existe. Calma, não é para se desesperar. Sidarta Gautama, o Buda, tinha uma mensagem muito clara, de que o tempo mais importante é o agora, nem o passado, nem o futuro. Agora!

Hoje você pode estar feliz nadando no mar e amanhã pode ficar impedido de fazer isso por causa de um motivo qualquer.

Outra coisa que Buda dizia era:

‘Em nossas vidas, a mudança é inevitável. A perda é inevitável. A felicidade reside na nossa adaptabilidade em sobreviver a tudo de ruim’

Fala a verdade, não tem tudo a ver com essa pandemia? Ninguém esperava, apesar de muitos terem comentado nos últimos anos sobre a possibilidade de uma doença se alastrar pelo mundo, facilitada pela globalização e a popularização das viagens. O diplomata Sérgio Vieira de Mello não esperava passar pelo que passou, morrer entre escombros. No filme, entre sonhos e lembranças – e desejos – via seu amado Rio de Janeiro, um retorno ao lar. Queria rever o mar, e, quem sabe, aproveitar um pôr do sol ao lado de sua amada. Estava lutando pela paz e pela diplomacia, dignamente.

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De repente, bum! O mundo cai. Essa pandemia traz medos e receios. A sensação de não poder se despedir caso aconteça algo. Pior, nem saber se ainda veremos os amigos, a família, os amores. Mas você tinha essa certeza todo dia que saía de casa? O senso de urgência pode ter mudado porque o perigo é claro. Todavia, o perigo sempre esteve e estará presente. E não é para ficar sentindo ansiedade. Isso é preocupação com o amanhã. Volte e lembre do Buda. O filme ‘Sérgio‘ não impressiona e não faz jus a esse ilustre brasileiro, mas a reflexão que traz é útil. Quem realmente você quer do seu lado?  O que você precisa para ser feliz? Será que é muito? Talvez baste só um pouco ao lado da pessoa que você mais ama. E que essa seja você.

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