O que Mendoza (Argentina) pode ensinar ao Rio e ao seu Prefeito

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Mendoza é uma cidade verde porque os seus habitantes a querem verde. Situada em uma área bastante árida – de produção dos melhores vinhedos e de oliveiras da Argentina – não só a cidade de Mendoza (capital da Província do mesmo nome), como também as outras cidades da sua região metropolitana, entendem que têm que preservar os seus oásis naturais, preservar a água numa região de baixíssima pluviosidade e plantar verde nas cidades.

Preservar suas áreas verdes e os oásis não um luxo ecológico, mas uma necessidade para continuar viabilizando um cinturão verde produtivo de alimentos e produtos de exportação, como também conservar uma situação ambiental urbana com água e com equilíbrio climático. Ao mesmo tempo, é preciso viabilizar o financiamento urbano com infraestrutura para todos e acesso à habitação de preço social.



Apesar de todos os problemas acima relatados, e das pressões decorrentes de uma economia nacional com quase 50% de inflação por ano e um crescente nível de pobreza e desemprego, a consciência é de que as áreas verdes são essenciais para a cidade e para a produção econômica em seu cinturão verde.

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Conservação – A cidade de Mendoza, com suas calçadas espaçosas e muito bem cuidadas, amplas, limpíssimas, arborizadas, tem 5 m² de áreas verdes por habitante. O seu principal parque, no Centro da Cidade, San Martín, tem quase 30 hectares, todo plantado de bosques, lago, áreas de lazer e que, para ser conservado, tem que ser regado dado à secura da região. É muito semelhante ao Parque do Ibirapuera (São Paulo), e muitíssimo melhor cuidado do que o Parque do Flamengo (Rio de Janeiro).

Não acredito que São Paulo ou Rio de Janeiro possam menos que Mendoza, na manutenção de seus parques e áreas verdes. Por isso é tristíssimo ler a recente entrevista do Prefeito do Rio, Crivella, cuja principal preocupação e ideia rudimentar é se “livrar” do Parque do Flamengo e colocar um Autódromo no floresta (Mata Atlântica) de Camboatá, no bairro de Deodoro.

É de chorar. Um atraso !

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